Atualizada às 22h04
Assim como aconteceu em diversas cidades do país, Juiz de Fora foi palco de um ato organizado por movimentos sindicais, sociais e da juventude em defesa dos direitos da classe trabalhadora, da condição estatal da Petrobras e da formação de uma constituinte exclusiva para discutir a reforma política. Ao defender a ordem democrática, o Dia Nacional de Luta realizado ontem à tarde, na Rua Halfeld, também se mostrou favorável à legitimidade do Governo da presidente Dilma Roussef (PT).
De acordo com organizadores, cerca de cem pessoas participaram da mobilização. “Choveu durante toda a manifestação, o que acabou afugentando um pouco os participantes. Ainda assim, tivemos um ato muito positivo, com a participação de cerca de 20 organizações de cunho social”, avalia o diretor da CUT em Minas Gerais (CUT-MG), Oleg Abramov.
Ainda de acordo com o sindicalista, a mobilização de ontem funciona como uma resposta aos atos programados para amanhã, em que grupos ditos apartidários prometem tomar as ruas para pedir o impeachment de Dilma, movimentação que muitos dos presentes classificaram como golpista e fascista, por questionar a legitimidade do mandato de uma presidente eleita pela via democrática. Apesar da posição antagônica à dos protestos de amanhã, Oleg diz que a orientação é evitar qualquer tipo de enfrentamento durante os atos previstos para amanhã. O diretor da CUT, entretanto, reforça que a manifestação já estava prevista antes mesmo do chamado dos opositores ao Governo para o dia 15 de março.