Em adesão à convocação nacional das centrais sindicais, organizações de trabalhadores, estudantis e movimentos sociais de Juiz de Fora se reunirão, nesta sexta-feira (14), às 9h, em frente à Câmara Municipal, em ato contrário à proposta de emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência e aos cortes orçamentários do Ministério da Educação (MEC) a instituições federais de ensino. A Frente em Defesa da Previdência Pública, integrada por unidades por unidades sindicais, juventudes e partidos políticos, é o movimento responsável pela organização das atividades de paralisação em Juiz de Fora. A princípio, os manifestantes sairão, às 10h30, em marcha, pelas vias da região Central; o itinerário será definido em meio à concentração.
Em 15 de maio, a Frente em Defesa da Previdência Pública organizara o ato de professores, técnico-administrativos e estudantes, a exemplo da manifestação de 30 de maio. Em ambas ocasiões, categorias sindicais tratavam as paralisações como preparatórias à mobilização desta sexta. “Pena que, em Juiz de Fora, não tenhamos mais categorias que tenham aprovado a adesão”, pontua a coordenadora-geral do Sindicato dos Professores de Juiz de Fora (Sinpro/JF), Aparecida de Oliveira Pinto. “Em São Paulo, por exemplo, vão parar metrô, ônibus etc. Vai ser uma grande greve.”
A agenda do movimento a nível local, entretanto, enfrentará uma particularidade. Nesta quinta (13), Juiz de Fora celebrará o feriado de Santo Antônio. Conforme o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Juiz de Fora (Sinserpu/JF), Amarildo Romanazzi, há um temor a respeito da adesão estudantil, uma vez que estudantes aproveitam a oportunidade para visitar os familiares nas cidades natais. “Mas acredito que, no campo do trabalhador, não [interfira]. A proposta [de reforma da Previdência] é muito agressiva. Temos conscientizado o trabalhador e, por isso, estamos na expectativa de uma grande adesão.”
Adesão
Em reunião na segunda-feira (10), a Frente em Defesa da Previdência Pública alinhou os detalhes finais das atividades programadas para a paralisação. Integrarão a paralisação a CUT, a Central Sindical e Popular Conlutas (CSP-Conlutas), a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadores do Brasil (CTB) e, portanto, os sindicatos a elas vinculados. A UNE, a Federação Nacional dos Estudantes em Ensino Técnico (Fenet), o DCE da UFJF e o grêmio estudantil do IF Sudeste também aderiram, além de coletivos e movimentos sociais como Maria Maria, Fórum 8M, Unidade Classista, Movimento de Mulheres Olga Benário e o Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro.