Agentes socioeducativos, servidores administrativos e técnicos dos sistemas Socioeducativo e Prisional entraram em greve por tempo indeterminado em Minas. O movimento começou na quarta-feira (11), abrangendo, além da Zona da Mata, as regiões do Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e Centro-Oeste. De acordo com o diretor do Sindpúblicos e da Federação dos Servidores Públicos Municipais e Estaduais, José Lino dos Santos, a greve foi deflagrada em 142 unidades do sistema prisional e nas 30 unidades do sistema socioeducativo do Estado. Em Juiz de Fora, conforme o sindicalista, todo o sistema prisional e Centro Socioeducativo estão paralisados.
Segundo ele, as categorias decidiram parar as atividades depois que o Governo mineiro mandou um projeto de reforma para a Assembleia Legislativa, propondo a divisão da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) em duas: Secretaria de Estado de Segurança (Sesp) e Secretaria de Administração Prisional (Seap). “Somos contrários a esta divisão, pois o Governo pretende pegar as carreiras administrativas e transferir para outra secretaria. Com a transformação, os servidores da segurança pública serão realocados para a Fundação Caio Martins, prejudicando as carreiras”, ressaltou José Lino, acrescentando que: “A mudança de atendimento da política socioeducativa é um retrocesso, porque é como se estivéssemos voltando para um sistema da Febem (Fundação do Bem-Estar do Menor), prejudicando um sistema que é referência”, pontuou.
Nesta quinta, agentes socioeducativos concentraram-se na porta dos centros socioeducativos. Os técnicos e os servidores administrativos realizaram corpo-a-corpo, na Assembleia Legislativa, a fim de buscar apoio dos deputados. No sábado (14), as categorias fazem assembleia em Belo Horizonte, para avaliar o movimento.