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Juiz de Fora pode ter recorde de candidatos a prefeito

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Por enquanto, o calendário eleitoral está mantido, e as eleições seguem agendadas para outubro (Foto: Fernando Priamo)
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A paralisia social resultada pela pandemia da Covid-19 redefiniu o curso do cotidiano na maioria dos países do mundo. No Brasil, o coronavírus também imobilizou várias atividades, mas, por enquanto, ainda não alterou calendário eleitoral para as eleições municipais inicialmente agendadas para outubro. Por enquanto. Na última segunda-feira (6), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) criou um grupo de trabalho para compilar dados e avaliar as condições materiais para a realização do pleito. Recentemente, especulações sobre a possibilidade de adiar o pleito ganharam fôlego e a incidência da votação no mês de dezembro chegou a ser aventada.

Em meio à indefinição, o calendário eleitoral mantém o seu curso, e os atores políticos que pretendem colocar seus nomes à disposição do eleitorado nas eleições de outubro – ou quando for realizado o pleito -, seguem se movimentando nos bastidores. Em Juiz de Fora, o fim do prazo para que os pretensos candidatos oficializassem suas filiações aos partidos pelos quais pretendem concorrer aos cargos de prefeito e vice-prefeito e às 19 cadeiras da Câmara, que se expirou na última semana, tornou um pouco mais claro qual pode ser o desenho da disputa pela sucessão municipal do prefeito Antônio almas (PSDB).

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Todavia, a legislação eleitoral ainda não permite falar em candidaturas e, a despeito de algumas pré-candidaturas já colocadas, ainda existem muitas dúvidas. Talvez, a principal delas esteja em torno do atual prefeito. No olho do furacão no comando das ações de enfrentamento a coronavírus, Antônio Almas não confirmou se irá ou não tentar a reeleição e tem dito que o foco de momento está voltado exclusivamente para o combate à pandemia. O avanço do calendário eleitoral, todavia, resultou em uma definição relevante por parte do atual chefe do Executivo, que decidiu seguir no PSDB e descartou a especulada migração para o PDT.

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Se Almas ainda não definiu seu futuro, o número de postulantes ao cargo do atual prefeito ganhou novos nomes nos últimos dias. Talvez o mais recente colocado como possível candidato é o do delegado da Polícia Federal Cláudio Nogueira, que é filiado ao PSC. Sempre apontado como pré-candidato da sigla, o presidente estadual do PSC e deputado estadual Noraldino Júnior afirma que não há martelo batido dentro do partido sobre a disputa majoritária e conversas internas são travadas sobre a indicação para a disputa da Prefeitura.

Outra especulação que ganhou corpo recentemente gira em torno do general Marco Felício, considerado possível candidato pelo PRTB. Aliás, os nomes ligados a segurança pública poderão ser variados, uma vez que a delegada da Polícia Civil, Ione Barbosa, acertou seu ingresso no Republicanos e é apontada como pré-candidata à Prefeitura pelo partido. Outra delegada da Polícia Civil, a deputada Sheila Oliveira também deve tentar chegar ao comando do Poder Executivo pelo PSL.

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A lista de prováveis postulantes à Prefeitura tem ainda outros nomes que já vinham sendo especulados. Após se desfiliar do PDT, o médico Renato Loures se associou ao Progressistas. Recentemente, ele voltou a ratificar intenção de participar da disputa e tentar a indicação pelo partido. Outro que também fala como pré-candidato, desta vez pelo PTC, é o pastor Aloízio Penido, que é ligado à Primeira Igreja Batista de Juiz de Fora (PIB-JF). Na mesma situação, está o empresário e urbanista Eduardo Lucas, que pode ser lançado pelo Democracia Cristã.

Concorrentes em pleitos anteriores devem voltar à disputa

Nomes que tentaram chegar ao Poder Executivo nas eleições municipais de 2016 também podem retornar à disputa. São os casos do empresário Wilson da Rezato, pré-candidato pelo PSB; da sindicalista e professora Victória Mello, pelo PSTU; e da deputada federal Margarida Salomão, favorita a ser indicada pelo PT, partido em que o vereador Wanderson Castelar e o sindicalista Paulo Azarias também colocaram seus nomes à disposição da sigla para a disputa pela Prefeitura.

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A lista de nomes colocados com possíveis candidatos não para. Pelo PCdoB, nome cotado para uma possível candidatura é o do ex-secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e ex-diretor de Planejamento e Gestão Estratégica da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) durante os últimos dois mandatos do ex-prefeito Tarcísio Delgado (entre 1997 e 2004), o advogado João Vítor Garcia. Ele já tentou chegar à Prefeitura nas eleições de 2004 pelo PPS, quando obteve 41.150 votos e ficou em quarto lugar no pleito vencido por Alberto Bejani.

Outros partidos ainda se movimentam, mas ainda não definiram nomes. É o caso do PSOL, que em 2016 lançou a servidora pública e sindicalista Maria Ângela. A legenda deve voltar a apresentar uma candidatura à Prefeitura, mas ainda não definiu um nome. Buscando se consolidar na cidade, o PSD também fala em candidatura própria, mas ainda não há decisões sobre possível candidato.

MDB é incógnita

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Das legendas que estão em situação semelhante, a que talvez chame mais a atenção seja a do MDB. Historicamente, o partido obtém bons resultados nas urnas juiz-foranas. Nas últimas quatro décadas, a legenda já ocupou a Prefeitura em três oportunidades, com três mandatos do ex-prefeito Tarcísio Delgado – entre 1982 e 1966; 1997 e 2000; e 2001 e 2004 -; e um mandato e meio com Bruno Siqueira – entre 2013 e 2016 e 2016 e 2018, quando renunciou para tentar, sem sucesso, uma cadeira na Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
A despeito do retrospecto, o MDB ainda não definiu seu destino e lideranças do partido afirmam que o momento ainda é de análise. Ainda integrando o primeiro escalão do Governo Antônio Almas, em cadeira como as secretarias de Segurança Pública e Cidadania e de Esporte Lazer, ocupadas respectivamente pelos ex-vereadores José Sóter de Figueirôa e Julio Gasparette, o partido não descarta nem confirma a possibilidade de lançar uma candidatura à Prefeitura.

Recentemente, um dos quadros especulados nos bastidores para encabeçar uma possível candidatura emedebista foi o do juiz aposentado e ex-secretário de Segurança Urbana e Cidadania, José Armando da Silveira. Anteriormente, outro nome que chegou a ser apontado como uma possibilidade foi o do ex-deputado estadual Isauro Calais. Cabe lembrar que o MDB perdeu bastante espaço no cenário político da cidade na última semana, quando os quatro vereadores eleitos pela sigla – que tinha a maior bancada na Câmara – decidiram deixar o partido durante a janela partidária que se encerrou no último dia 3.

Conversas para composição de chapa

Outros partidos também se movimentam nos bastidores para buscar o protagonismo na forma da associação com os projetos já colocados. Rede e Avante têm conversas avançadas para lançar uma chapa na disputa pelo Prefeitura, mas ainda evitam em apontar o nome de um possível candidato. Já o Democratas, pode fechar apoio ao projeto do PSB, que vai lançar o empresário Wilson da Rezato na disputa.
Lideranças do DEM, no entanto, evitam confirmar abertamente o acerto, mas algumas especulações apontam que o partido poderia indicar um candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada pelo empresário Wilson da Rezato. Entre os nomes que já foram aventados nos bastidores aparecem o do vereador Antônio Aguiar, que recentemente confirmou sua saída do MDB, e do empresário Maurício Delgado, primo do deputado federal Júlio Delgado (PSB) e sobrinho do ex-prefeito Tarcísio Delgado.

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Já o Podemos admite uma aproximação do PSL e da possível candidatura da deputada Sheila Oliveira à Prefeitura. Vereador pela legenda, Júlio Obama Jr. afirma que as siglas têm projetos convergentes para a cidade. O parlamentar é cotado, inclusive, como candidato a vice-prefeito na chapa e avalia que este seria um caminho natural, mas ressalta que o momento é de aguardar os desdobramentos e as convenções partidárias de julho.

Outra especulação que ganhou corpo nas últimas semanas seria a do PV, que poderia se aproximar de uma provável candidatura da deputada federal Margarida Salomão, podendo, inclusive, compor a chapa com a indicação do postulante a vice-prefeito. Neste caso, o nome do vereador Kennedy Ribeiro, que se filiou recentemente ao Partido Verde e já descartou a busca pela reeleição para a Câmara, aparece como nome mais cotado caso a dobradinha se confirme.

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