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Empresas foram maiores doadoras

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As prestações de contas entregue pelos oito parlamentares eleitos por Juiz de Fora ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) mostra que a maior parte dos recursos que financiaram as campanhas vitoriosas vieram da iniciativa privada. Os três deputados federais e os cinco deputados estaduais com domicílio eleitoral na cidade conseguiram arrecadar juntos R$ 7,1 milhões. Deste montante, R$ 5,1 milhões tiveram origem em doações de empresas, que foram responsáveis por 72,6% do total arrecadado pelo grupo. Entre o trio de deputados federais reeleitos, Marcus Pestana (PSDB) foi quem teve a maior arrecadação e captou cerca de R$ 2,5 milhões. Do total, pouco mais de R$ 2 milhões são oriundos de empresas e ingressaram na campanha do parlamentar na forma de doação direta ou de repasses feitos pelos diretórios estadual ou estadual de seu partido ou ainda vindos de outros candidatos. Ou seja, quase 82% do que foi angariado pelo tucano veio de pessoas jurídicas.

Em termos percentuais, a arrecadação de Júlio Delgado (PSB) é quase que totalmente originária das doações de empresas. Dos R$ 1,76 milhão captado pelo juiz-forano, a maior parte – R$ 1,3 milhão ou 99,41% – veio de repasses do próprio PSB, a partir de contribuições originárias de pessoas jurídicas. A iniciativa privada também doou diretamente à candidatura R$ 412 mil. A declaração entregue pelo parlamentar à Justiça Eleitoral traz apenas duas pessoas físicas como doadores, que injetaram juntas R$ 9.500 na campanha do deputado.

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A prestação de contas da outra deputada federal da lista, vai na contramão das tendências apresentadas por seu pares. De um total de R$ 310 mil arrecadado por Margarida Salomão (PT), cerca de R$ 53 mil tiveram como origem doações da iniciativa privada, o que significa 17% do total. O percentual, entretanto, pode ser maior já que em dois repasses partidários – que, somados, chegam a R$ 150 mil – constantes no sistema do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) não foi possível identificar se as doações originárias foram feitas por pessoas físicas ou jurídicas.

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A tônica é semelhante na prestação de contas de quatro dos cinco deputados estaduais eleitos pela cidade. A maior arrecadação do grupo foi a de Antônio Jorge (PPS). De um total de R$ 1,1 milhão captado pelo ex-secretário de Estado de Saúde, R$ 550 mil, 49% do total, são provenientes de empresas – seja por meio de repasse partidário ou de doação direta. Entre os eleitos para a Assembleia Legislativa (ALMG), o maior percentual de arrecadação oriundo de pessoas jurídicas foi de Isauro Calais (PMN). Segundo a declaração entregue pelo vereador, 72% dos R$ 350 mil captados para sua campanha vieram da iniciativa privada.

Reeleito para a ALMG, Lafayette Andrada (PSDB) arrecadou R$ 635 mil, sendo que R$ 372 mil ou 58% vieram de empresas. Da mesma forma, o vereador Noraldino Júnior (PSC) angariou R$ 337 mil para sua campanha, sendo que 36% desse montante, ou R$ 121 mil, vieram de pessoas jurídicas. Do grupo de deputados estaduais eleitos, o único que contrariou a tendência foi Márcio Santiago (PTB). Dono da menor arrecadação entre os concorrentes vitoriosos – aproximadamente R$ 82 mil -, ele teve uma considerável contribuição de pessoas físicas, que foram responsáveis por 84% do total captado pelo então candidato: R$ 69 mil.

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