O Parque Halfeld volta a receber um ato público em defesa da liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o direito do petista se lançar candidato à Presidência da República nas eleições de outubro. A concentração teve início no fim da tarde desta quarta-feira (11), em frente ao prédio da Câmara Municipal. Também foram feitas cobranças sobre o esclarecimento da morte da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL), executada a tiros na capital fluminense.
Na abertura da manifestação, a representante da CUT, Aparecida de Oliveira Pinto, repetiu as palavras do ex-presidente, em sua última fala pública antes de se entregar à Polícia Federal no último sábado (7), e afirmou que o ato não é uma defesa da pessoa, mas das ideias que Lula representa e de avanços sociais alcançados durante os governos do PT, entre 2003 e 2016.
Por volta das 17h30, as falas de representantes das entidades, partidos políticos e movimentos sociais que manifestaram apoio ao ato em defesa de Lula começaram a se revezar ao microfone de um caminhão de som estacionado em frente à Câmara.
Já no início, o ex-deputado federal José Luís Guedes, que militou na resistência contra a ditadura militar nas décadas de 1960 e 1970, foi um dos primeiros a discursar e lembrou que o crescimento de sentimentos conservadores levaram à tomada do poder pelos militares em 1964. “Precisamos formar na sociedade brasileira um contingente maior. Temos condições de resistir, realizando vigílias em todo o país. As palavras de hoje são unidade e multiplicação, para ampliarmos nossas forças”, afirmou.
Durante o ato, foram definidas algumas ações. Uma barraca foi armada no Parque Halfeld, em que os presentes poderiam escrever cartas e textos de apoio ao ex-presidente Lula, que serão encaminhadas até Curitiba, onde o petista está preso nas dependências de uma unidade da Polícia Federal.
Também foi comunicado aos militantes que o diretório municipal do PT, em parceria com outras entidades, estuda a possibilidade de financiar uma caravana até o Paraná, para que possam engrossar os grupos que, diariamente, têm se revezado na capital paranaense para manifestar apoio ao ex-presidente Lula. Para isto e para a manutenção da infraestrutura dos atos que têm sido realizados em defesa de Lula, os organizadores chegaram a solicitar doações financeiras voluntárias e solidárias dos presentes.