Os professores da rede municipal de Juiz de Fora retomaram nesta quarta-feira (11) um movimento grevista. Segundo o sindicato da categoria, 65% dos docentes aderiram à paralisação. A Prefeitura utiliza outros parâmetros para mensurar a paralisação e afirma que 51 das 101 escolas municipais da cidade aderiram à greve.
Na parte da tarde, os docentes se reuniram em assembleia e deliberaram pela manutenção da greve, quando também foi definido um quadro de ações para os próximos dias. Segundo o Sindicato dos Professores de Juiz de Fora (Sinpro), a paralisação se dá “em defesa da imediata realização de concurso público e da manutenção dos direitos do quadro de carreira dos educadores”.
Assim, a razão central da mobilização são as discussões travadas entre os docentes e a Prefeitura de Juiz de Fora sobre as regras que servirão de parâmetros para a realização de um concurso público para a contratação de novos profissionais efetivos para a rede de educação municipal.
De um lado, a Prefeitura defende a realização do concurso, mas sugere a criação de uma nova carreira de 30 horas semanais, além de outras novas regras válidas para os futuros contratados. Os professores, todavia, querem que a seleção pública tenha por base a regras da carreira vigente, que tem jornada de 20 horas semanais.
O impasse já havia levado os docentes a iniciarem a greve no dia 19 de fevereiro, mas a mobilização acabou suspensa após 24 horas. A mudança nos planos se deu pelo fato de a Prefeitura ter postergado o envio à Câmara Municipal com as regras para a realização do concurso público. Na semana passada, o Executivo havia confirmado à Tribuna que o texto seria encaminhado ao Legislativo nesta semana.