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Datafolha: Bolsonaro tem 58% dos votos válidos, e Haddad, 42%

bolsonaro e haddad
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O Datafolha divulgou, nesta quarta-feira (10), sua primeira pesquisa de intenção de votos para o segundo turno das eleições presidenciais. De acordo com o instituto, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) teria 49% das intenções de votos e estaria, portanto, à frente de Fernando Haddad (PT), que aparece com 36% das intenções de voto. Ainda segundo o levantamento, 8% dos entrevistados não souberam ou não responderam, estando, portanto, indecisos. Outros 6% manifestaram a intenção de votar em branco ou anular seus votos. A margem de erro da consulta feita junto aos entrevistados ouvidos nesta quarta é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

O instituto ainda fez uma projeção emulando qual seria a “votação válida” dos candidatos com base nos números aferidos pela pesquisa. Para isto, o Datafolha descartou da amostragem os leitores que declaram voto branco ou nulo, mesmo critério utilizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a consolidação dos votos. A despeito da metodologia do TSE, também foram descartados neste cenário os eleitores indecisos, que não responderam ou não souberam se posicionar sobre a disputa. Neste recorte, Bolsonaro teria 58% do eleitorado segundo o levantamento, contra 42% de Haddad.

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Para a aferição do resultado apontado pela pesquisa, o Datafolha entrevistou 3.235 eleitores em 227 municípios nesta quarta-feira, 10 de outubro. A pesquisa tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos e nível de confiança de 95%. O levantamento foi contratado pelo jornal “Folha de São Paulo” e pela TV Globo e registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-00214/2018.

Jair Bolsonaro e Fernando Haddad conseguiram garantir vaga no segundo turno após a apuração dos votos das eleições realizadas em todo o país no último domingo. Após a consolidação do resultado, Bolsonaro ficou à frente da disputa com 49.276.990 (46,03%), seguido por Haddad, que obteve 31.342.005 votos (29,28%). A disputa final nas urnas entre os dois concorrentes está marcada para o próximo dia 28 de outubro, quando cerca de 147 milhões de brasileiros estarão aptos a manifestarem suas opiniões e decidir que irá presidir o Brasil entre 2019 e 2022.

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Segundo turno em 2014
Há quatro anos, a primeira pesquisa Datafolha realizada após a definição do segundo turno apontou um cenário mais disputado. Cinco dias após a consolidação da votação em primeiro turno, o senador Aécio Neves (PSDB) tinha vantagem numérica sobre a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que tentava a eleição. Na ocasião, o tucano aparecia com 46% das intenções de voto contra 44% da petista, estando, assim, empatados tecnicamente, quando considerada a margem de votos de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Outros 6% do eleitorado se disseram indecisos, enquanto 4% declararam votos branco ou nulo. Ao final, Dilma acabou vencendo o pleito com margem apertada, com 51,64% dos votos válidos contra 48,36% de Aécio.

Maioria se diz indiferente a apoios

O Datafolha ainda perguntou se o apoio de outro candidato derrotado no primeiro turno poderia influenciar sobre o voto em Bolsonaro ou em Haddad. Com relação à Marina Silva (Rede), 11% disseram que uma sinalização da ambientalista poderiam levá-los a votar em um dos dois nomes colocados na disputa; 11% afirmaram que tal movimentação faria com que não votassem no candidato indicado por ela; enquanto para 72% tal sinalização seria indiferente. Outros 6% não souberam responder ao questionamento. Quarenta e três por cento dos entrevistados ainda opinaram que acreditam que Marina irá apoiar Haddad e 38% acham que a ambientalista estará com Bolsonaro.

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No caso de Ciro Gomes (PDT), 21% dos entrevistados disseram que o apoio do pedetista os fariam votar no indicado pelo ex-governador do Ceará; 11% afirmaram que tal decisão os levariam a votar no candidato adversário; e 63% consideram tal movimentação como indiferente. Quatro por cento não souberam responder. Os eleitores ouvidos pelo Datafolha ainda opinaram sobre qual candidato deve ser apoiado por Ciro no segundo turno: 46% apontaram Haddad, enquanto 40% acreditam que Ciro apoiará Bolsonaro. O PDT, no entanto, já anunciou apoio “crítico” à Haddad.

Já o apoio de Geraldo Alckmin (PSDB) seria indiferente para 69% dos entrevistados. Outros 14% afirmaram que isto poderia influenciar na decisão de votar no indicado pelo tucano; enquanto 13% disseram que o apoio de Alckmin resultaria na manifestação de voto para o adversário do nome indicado pelo ex-governador de São Paulo. Outros 4% não souberam responder. Sobre qual posicionamento deveria ser tomado por Alckmin, 46% disseram acreditar que ele apoiaria Bolsonaro; 37% acreditam em uma sinalização pró-Haddad; 9% disseram nenhum; e 7% não souberam se manifestar. Nacionalmente, o PSDB já declarou neutralidade no segundo turno, liberando suas lideranças e diretórios a manifestarem suas próprias definições.

Momento de decisão
Sobre em que momento definiram seus votos para presidente no primeiro turno, 63% dos entrevistados disseram já ter tomado sua decisão há pelo um mês antes da eleição; 10% há 15 dias; 8% há um semana; 6% na véspera; e 12% no dia do pleito.

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