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Bolsonaro sobe para 24%; Ciro, Marina, Alckmin e Haddad ficam empatados

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O Instituto Datafolha divulgou, nesta segunda-feira (10), sua primeira pesquisa sobre a disputa para a Presidência da República após o atentado sofrido pelo candidato Jair Bolsonaro (PSL) na última quinta-feira (6) e após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter considerado indeferido o registro de candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com os números do levantamento, Bolsonaro permanece à frente da corrida presidencial e aparece agora com 24% das intenções de voto. Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede), Geraldo Alckmin (PSDB) e Fernando Haddad (PT) aparecem tecnicamente empatados na segunda colocação.

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Com o resultado, o deputado federal ampliou seu desempenho em dois pontos percentuais, variando, portanto, dentro da margem de erro com relação à última amostragem feita pelo instituto e publicada no último dia 22 de agosto. Na ocasião, o líder nas pesquisas estimulada apareceu com 22% do eleitorado ouvido pelo instituto. Na semana passada, Bolsonaro visitou Juiz de Fora, onde foi atingido por uma facada desferida por Adelio Bispo de Oliveira e teve que passar por uma cirurgia, seguindo internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, deixando de lado os compromissos de campanha desde então.

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Ainda de acordo com os números do Datafolha, Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede), Geraldo Alckmin (PSDB) e Fernando Haddad (PT), que pode ser oficializado para substituir Lula como candidato petista ainda nesta terça-feira (11), aparecem tecnicamente empatados e disputam a segunda colocação. Numericamente, Ciro está à frente com 13% e é seguido por Marina (11%), Alckmin (10%) e Haddad (9%). Na sequência, aparecem Álvaro Dias (Podemos), João Amoêdo (Novo) e Henrique Meirelles (MDB), todos com 3%. Guilherme Boulos (PSOL), Vera Lúcia (PSTU) e Cabo Daciolo (Patriota) têm 1% cada. João Goulart Filho (PPL) e Eymael (DC) não pontuaram. Branco e nulos somaram 15%, e 7% não souberam ou não responderam.

Pesquisa sem Lula

A nova pesquisa Datafolha não colocou o nome do ex-presidente Lula entre os candidatos. No último dia 31 de agosto, o petista foi considerado inelegível com base na Lei da Ficha Limpa pelos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O ex-presidente está preso em Curitiba após ter sido condenado por órgão colegiado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo do triplex. A defesa do petista ainda tenta reverter a decisão e, assim, o Partido dos Trabalhadores ainda não indicou um nome para substituir Lula na cabeça de chapa da coligação que ainda tem o PCdoB e PROS. Registrado como vice-presidente da composição, o nome do ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad é o mais cotado em decisão que pode sair nesta terça-feira (11), quando inspira prazo dado pelo TSE para a mudança.

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Rejeição

O Datafolha pesquisou ainda o índice de rejeição dos candidatos à Presidência da República. Apesar de liderar a disputa no cenário sem Lula, Bolsonaro tem também a maior rejeição. Entre os entrevistados pelo instituto, 43% afirmam que não votariam de forma alguma no deputado federal para a Presidência da República. Em agosto, o percentual era menor: 39%.

A segunda maior rejeição é a de Marina (29%), seguida por Alckmin (24%), Haddad (22%), Ciro (20%), Daciolo (19%), Vera (19%), Eymael (18%), Boulos (17%), Meirelles (17%), João Goulart Filho (15%), Amoêdo (15%) e Álvaro Dias (14%).

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Cinco por cento disseram rejeitar todos candidatos ou não ter a intenção de votar em nenhum. Dois por cento votariam em qualquer um dos nomes apresentados, e 6% não souberam responder.

Líder nas pesquisas tem desempenho ruim nas projeções de segundo turno

Apesar de aparecer como líder nas pesquisas de intenção de voto no atual momento da disputa presidencial, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) não tem bom desempenho nas projeções de segundo turno feitas pelo Datafolha. De acordo com os números do instituto, o parlamentar seria derrotado em quatro dos quatro cenários projetados na consulta feita junto ao eleitorado, sem considerar a margem de erro. Assim, Bolsonaro perderia no segundo turno para Ciro Gomes (45% contra 35%); Marina Silva (43% x 37%); Geraldo Alckmin (43% x 34%); e Fernando Haddad (39% x 38%). No caso da disputa entre Bolsonaro e Haddad, no entanto, os dois aparecem empatados tecnicamente quando se leva em consideração a margem de erro de dois pontos percentuais da amostragem.

Em outras possíveis disputas, Ciro tem vantagem numérica sobre Alckmin na disputa de segundo turno (39% x 35%), mas está empatado com o tucano no limite da margem de erro. Em um duelo entre Marina e Alckmin, os dois têm, respectivamente, 38% e 37%, também empatados tecnicamente. Quando os adversários são Alckmin e Haddad, o ex-governador do Estado de São Paulo venceria o ex-prefeito da cidade de São Paulo com 43% contra 29%. Em um embate entre Ciro e Marina, vantagem para o primeiro: 41% x 35%. Por fim, Marina venceria Haddad de acordo com os números do Datafolha: 42% x 31%.

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A pesquisa do Datafolha foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal “Folha de S. Paulo” e tem margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Para a consolidação da amostragem, foram entrevistados nesta segunda-feira (10) 2.804 eleitores em 197 municípios. A consulta tem nível de confiança de 95% e foi registrada no TSE com o número BR-02376/2018.

 

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