A falta de efetivo da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) e do Corpo de Bombeiros é uma preocupação da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas (ALMG), que realizou audiência pública sobre o tema nesta segunda-feira (10). A valorização salarial dos profissionais das corporações também foi debatida durante a reunião.
De acordo com dados apresentados na audiência, o déficit de servidores no Corpo de Bombeiros do estado é de 29%, em comparação com o número previsto na legislação. O Corpo de Bombeiros conta atualmente com 5.692 militares. Três concursos em andamento preveem o ingresso de mais 364 praças e 21 oficiais em 2023, totalizando um efetivo de 6.077 servidores ao final do ano.
Já na Polícia Militar, o efetivo total é de 36.348 policiais, sendo 3.170 novas vagas em 2023. O planejamento da corporação é nomear 10 mil militares nos próximos três anos. A corporação recebe do Estado para custeio orçamentário cerca de R$13 bilhões, ao ano, para atender 853 municípios.
O baixo quadro de funcionários repercute de várias formas na sociedade e nos profissionais, afirmou o presidente da comissão, o deputado Sargento Rodrigues (PL). “Além de afetar os serviços prestados à população, repercute na saúde física e mental dos militares”, explicou.
Outros problemas, entretanto, afetam o trabalho das corporações, conforme representantes da categoria. A falta de postos avançados e pelotões, relacionada à falta de pessoal, e a desvalorização salarial, além de outros problemas, também afetam as categorias, que enfrentam situações de risco no cotidiano. Em nota, a ALMG informou que a corporação conta com uma fissura de 29% no quadro de servidores, quando comparado com o número previsto na lei.
Durante a reunião, os participantes destacaram como as corporações são importantes para a sociedade e exaltaram o trabalho realizado por elas.
A expectativa da categoria é que de uma nova proposta de valorização salarial seja feita ainda neste ano.