Após o fim do prazo para regularização na última terça-feira (2), 6.117 eleitores que não votaram e não justificaram suas ausências nas três últimas eleições podem ter o título cancelado em Juiz de Fora. Segundo balanço divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), após a realização dos dois turnos do pleito do ano passado, 6.380 se encontravam com o documento ameaçado na cidade, e apenas 263 correram ao cartório eleitoral até a data-limite do último dia 2 para acertar as contas com a Justiça Eleitoral. Em todo o Brasil, quase 1,9 milhão de pessoas estão em situação irregular. Por estado, São Paulo lidera a lista de eleitores com títulos ameaçados (510.489). Em seguida, aparecem o Rio de Janeiro (255.438) e Minas Gerais (169.111).
O cancelamento automático do documento irá ser realizado entre os dias 17 e 19 de maio. A relação daqueles que devem perder o título pode ser consultada no site do TSE. O tribunal, no entanto, não faz qualquer tipo de comunicação por e-mail ou correspondência. Para efeitos de invalidação da inscrição eleitoral, a legislação considera cada turno de votação um pleito distinto. Por outro lado, aqueles que têm direito facultativo ao voto, como analfabetos, eleitores de 16 a 18 anos incompletos e maiores de 70 anos ou eleitores com deficiência previamente informada à Justiça Eleitoral não necessitam comparecer ao cartório para regularizar a sua situação.
Aqueles que tiverem seus títulos cancelados poderão sofrer sanções como restrições na obtenção de passaporte ou carteira de identidade e empréstimos financeiros, bem como no recebimento de salários de função ou emprego público. A irregularidade também pode acarretar em dificuldades para investidura e nomeação em concurso público, renovação de matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo Governo e obtenção de certidão de quitação eleitoral ou qualquer documento perante repartições diplomáticas a que estiver subordinado.