Representantes das empresas que integram os Consórcio, Integrados de Transporte Urbano (Cinturb) se reuniram na tarde desta terça-feira (9) e decidiram manter os descontos na folha de pagamento dos trabalhadores por conta da paralisação do dia 28 de abril contra as reformas do Trabalho e Previdência. Em nota, a assessoria do Cinturb destacou que, “considerando que a categoria, através do sindicato que a representa, promoveu um movimento de paralisação totalmente ilegal e abusivo, só resta às empresas descontar o dia não trabalhado”. O texto diz que as empresas estão calculando seus prejuízos “visando ao ajuizamento de ação reparatória contra os diretores do Sintro (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Rodoviário).”
Além do desconto do dia do protesto, alguns trabalhadores afirmam que as empresas também cortaram o dia de folga ou o DSR (Descanso Semanal Remunerado). Conforme um motorista que preferiu não se identificar, os descontos teriam sido verificados por profissionais de várias empresas.”Nós não faltamos ao serviço. Fomos impedidos de sair com os ônibus. Mas mesmo assim batemos ponto e ficamos dentro da empresa, à disposição deles, entre 6h e 12h30. Sei que em algumas empresas os próprios patrões liberaram os funcionários”.
O presidente do Sintro, Vagner Evangelista Corrêa, afirma que a paralisação não foi ilegal, pois foi aprovada pelos trabalhadores em assembleia, por isso, o sindicato irá marcar uma reunião com os empresários para reavaliar os descontos em folha. Na ocasião, os ônibus pararam de circular à meia-noite e retornaram por volta das 15h30. Durante o período em que o serviço ficou paralisado, a porta das garagens das empresas foi tomada por um clima de tensão, com a presença da Polícia Militar.