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Políticos locais repudiam atos de vandalismo em Brasília

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Os atos de violência, vandalismo e terrorismo vistos em Brasília na tarde do último domingo (8) continuam repercutindo em todo o país. Em Juiz de Fora a situação não foi diferente, e atores políticos locais repudiaram as ações que resultaram na invasão dos prédios do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal e também do Palácio do Planalto. Nesta segunda, A Tribuna procurou os dois deputados federais de Juiz de Fora em exercício e também as duas deputadas federais eleitas nas últimas eleições.

A reportagem conseguiu o posicionamento de dois destes atores políticos, que atuam em órbitas distintas no cenário político nacional, no caso o deputado federal Charlles Evangelista (PL), apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e a deputada federal eleita Ana Pimentel (PT), que, a partir de fevereiro, vai integrar a base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Congresso Nacional; e também do deputado federal Júlio Delgado (PV).

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Charlles Evangelista

Mesmo em espectros políticos diferentes, os dois deputados federais repudiaram os atos de violência ocorridos em Brasília. “É inaceitável o vandalismo ocorrido hoje em Brasília. Sou contra qualquer tipo de depredação e invasão, tanto de prédio público e privado”, afirmou Charlles, por meio de nota encaminhada à reportagem, espelhando o que o deputado já havia publicado em suas redes sociais. O parlamentar, todavia, faz uma ressalva e compara a ação a outros atos realizados no passado e atribuídos a grupos alinhados à esquerda do espectro político brasileiro. “O que aconteceu hoje tem semelhança com o que o MST vem fazendo há muito tempo no Brasil e infelizmente poucas atitudes das autoridades são tomadas. Minha opinião é uma só: punição e responsabilização de invasores e vândalos.”

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Ana Pimentel

Ana Pimentel foi incisiva no repúdio aos atos que resultaram em quebra-quebra do patrimônio público. “Os atos que aconteceram em Brasília são atos explicitamente autoritários, atos violentos praticado por pessoas que rechaçam a democracia, pessoas que odeiam a cultura brasileira, que desrespeitam o patrimônio público e que atacam as instituições democráticas no Brasil”, afirmou a deputada eleita à Tribuna. Ana também defendeu que todos os envolvidos “devem ser responsabilizados e devem ser punidos”. “É um elemento muito importante a apuração das responsabilidades.” A parlamentar ainda considerou como importante a agilidade com que o presidente Lula agiu e decretou a intervenção federal na segurança pública no Distrito Federal. “Foi muito importante para que a ordem seja restaurada e que seja possível atuar de maneira conjunta.”

Júlio Delgado

Quem também conversou com a reportagem foi o deputado federal Júlio Delgado, que classificou os fatos ocorridos em Brasília como “um absurdo”. “Tem que ser severamente punido, acho que passou dos limites da agressividade. Ninguém faz isso aleatoriamente. Então, isso tudo tem que ser investigado com mais minuciosidade”, afirmou o parlamentar. Júlio também questionou o posicionamento do Governo federal na identificação da grave ameaça ao patrimônio público. “Faltou pulso a alguns ministros do novo Governo no sentido de tomar as medidas que tinham que ser feitas de forma preventiva.” Assim, ele considerou que pode ter ocorrido negligência de vários atores na proteção do patrimônio público. “Houve erro de todas as partes. Principalmente de quem cometeu”, afirmou o parlamentar, que defendeu a prisão dos envolvidos.

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Margarida Salomão

Já no domingo, a assessoria da prefeita Margarida Salomão (PT) encaminhou um vídeo à imprensa em que a chefe do Executivo se posiciona em relação aos atos violentos ocorridos em Brasília. A prefeita classificou a invasão como “barbárie” promovida por “pessoas inconformadas com o processo democrático”. “Um processo que, reconheçamos, inclusive, no primeiro turno, elegeu uma grande bancada antagônica ao Governo federal eleito no segundo turno, do presidente Lula”. Para Margarida, os participantes da invasão aos prédios do Executivo, do Legislativo e Judiciário agiram de forma “contraditória, absurda e intolerável”. “Não podemos, neste momento em que o país está passando por desafios, por necessidades tão graves, perder tempo com pessoas idiotas, pessoas mal-intencionadas, que repelem o princípio democrático.”

Nota oficial

A Câmara Municipal também se posicionou sobre o ocorrido, classificado as invasões como “uma agressão à democracia”. “A Câmara Municipal de Juiz de Fora se une aos defensores das liberdades e das instituições democráticas, prezando, acima de tudo, pelo respeito à Constituição Federal de 1988. Dessa forma, consideramos que todos os esforços devem ser concentrados e providências imediatas precisam ser tomadas a fim de prevalecerem a paz, união e a ordem democrática”, diz a nota oficial emitida pelo Poder Legislativo.

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