São Paulo (AE) – Preso na tarde da quinta (6), após esfaquear o presidenciável do PSL, Jair Bolsonaro, Adélio Bispo de Oliveira está sendo transferido na manhã deste sábado (8), para um presídio federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. A definição foi dada pela juíza Patrícia Alencar Teixeira de Carvalho, da 2ª Vara Federal de Juiz de Fora, em audiência de custódia. A informação foi confirmada pela equipe de plantão da sede da Polícia Federal, na cidade do interior de Minas Gerais, onde foi preso em flagrante e indiciado na Lei de Segurança Nacional pelo delegado responsável.
A juíza federal decidiu na audiência à favor da manutenção da prisão de Adélio Bispo de Oliveira, convertendo de flagrante para preventiva. Após o ataque, o agressor, de 40 anos, foi prontamente levado para uma delegacia e, lá, assumiu o crime e disse que teria agido por contra própria e “em nome de Deus”.
Adélio estava provisoriamente no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp), em Juiz de Fora, antes de ser transferido. A Lei de Segurança Nacional (n° 7.170) define, no artigo 20, os crimes contra a segurança nacional, a ordem política e social, inclui os crimes pela “prática de atentado pessoal ou atos de terrorismo, por inconformismo político ou para obtenção de fundos destinados à manutenção de organizações políticas clandestinas ou subversivas”.
A transferência para um presídio federal foi a pedido da bancada do PSL, conforme apurou o jornal O Estado de S. Paulo, e teria tido aceitação de todas as partes na audiência de custódia, inclusive do Ministério Público e da defesa de Oliveira. Houve consenso de que a prisão em uma instituição federal seria uma forma de manter a segurança do acusado.
Escolta
Agência Brasil – Pouco antes das 7h30, Adélio Bispo de Oliveira foi escoltado por policiais federais para o Aeroporto da Serrinha, em Juiz de Fora, Adélio entrou em um avião da Polícia Federal (PF), após passar a noite em um centro de detenção provisória na cidade. Antes, ele havia sido novamente interrogado na sede da corporação, com objetivo de saber se ele realmente agiu sozinho, como alegou, ou se teve ajuda de outras pessoas e se o crime teve a participação de um mentor intelectual. O objetivo da transferência é garantir sua integridade física, já que poderia ser morto dentro do sistema prisional comum.