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Novo se reúne em JF para discutir eleições 2024 e pode ter candidato à Prefeitura

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Juiz de Fora sediou, na noite desta sexta-feira (7), o 1º Encontro Mesorregião da Zona da Mata do Partido Novo. O encontro contou com a participação de lideranças estaduais e nacionais da sigla, inclusive, com a presença do vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões, e dos secretários estaduais de Desenvolvimento Social, Beth Jucá, e de Comunicação, Bernardo Santos. Entre outros pontos, a sigla discutiu estratégias para as eleições municipais de 2024 nas cidades da Zona da Mata. Uma candidatura à Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), inclusive, está em pauta, e o nome especulado no momento é o do ex-secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral.

“Nós vamos trabalhar para ter o número máximo de candidatos, tanto para prefeito quanto para vereador”, afirmou o líder do partido na Zona da Mata, o jornalista e publicitário Sérgio Bara. A intenção é a de formar comissões provisórias no maior número de municípios possíveis para formar chapas para a disputa de prefeituras e de cadeiras nos poderes legislativos municipais. “Na região, nós já temos muitas pessoas interessadas. A procura está gigante. Em Juiz de Fora, vamos assumir o protagonismo que o Novo tem por conta do nosso governador, que tem um trabalho muito bem feito.”

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Ainda não há a formalização de nomes, mas Sérgio Bara comentou sobre as especulações que já existem em torno de uma possível candidatura do ex-secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral. “Vamos lançar a candidatura aqui em Juiz de Fora. Então, a gente tem como um dos nomes de destaque o do doutor Carlos Eduardo Amaral, que fez um belo trabalho na Secretaria de Estado de Saúde. Ainda estamos estudando, mas nós vamos assumir o protagonismo. A gente tem essa missão e essa obrigação.”

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Sobre a disputa de cadeiras na Câmara Municipal de Juiz de Fora, o líder do Partido Novo na Zona da Mata afirmou que os trabalhos da sigla são no sentido de conseguir a primeira cadeira no Poder Legislativo local, após não ter obtido um mandato nas urnas nas eleições de 2020. “É um passo de cada vez. A gente ficou muito frustrado na outra eleição, por muito pouco a gente não pegou a primeira cadeira.” Ainda trabalhando de olho na composição de uma chapa forte, o objetivo da sigla é alcançar entre três e quatro cadeiras. “Mas é um passo de cada vez”, pontua Bara.

Ex-secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral (ao centro, primeira fileira) é cotado para ser candidato do Novo à Prefeitura de JF e participou do encontro (Foto: Rodrigo Almeida/Divulgação Novo)

Região

Ainda de acordo com a liderança partidária, há conversas bem encaminhadas para a disputa das eleições municipais em várias cidades da Zona da Mata. “As coisas estão bem encaminhadas. As conversas não são só para a cabeça de chapa. A ideia é fazer composições. Temos vários nomes conversados em Ubá, Santos Dumont, Cataguases, Muriaé. Também estamos atuando em Ervália, Higienópolis, Viçosa, Manhuaçu e outras cidades.”

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Bara pontuou ainda que todos os projetos alinhavados pela legenda local contarão com o apoio do governador Romeu Zema (Novo). “O compromisso é com o partido.” Ausente do encontro em razão de outras agendas, Zema falou com os presentes por meio de um vídeo exibido durante o encontro. “Com toda certeza, as próximas eleições municipais em Juiz de Fora irão mostrar resultados, frutos de várias ações ocorridas, principalmente, nos últimos anos. Precisamos continuar a nossa luta. Somos um partido de propostas, que acredita em um futuro melhor construído através dessas ideias e propostas, e não um partido que acredita em salvador da pátria”, afirmou o governador.

Para vice-governador, prioridade deve ser disputa por cadeiras de vereadores

Presente no encontro, o vice-governador Mateus Simões também avaliou o cenário partidário e comentou sobre sua avaliação sobre qual papel deve ser desempenhado pelo Novo, em Minas Gerais, nas eleições municipais de 2024. Para ele, a prioridade do partido precisa ser o foco nas chapas de vereadores. “Nós precisamos chegar às Câmaras Municipais das principais cidades de Minas Gerais. Esse passo é essencial para que a gente possa pensar em uma reestruturação do Novo.”

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Por experiência própria, Simões conhece a importância da função de vereador como primeiro passo para a vida pública, uma vez que foi um dos primeiros nomes eleitos para um mandato eletivo pelo Partido Novo em todo o Brasil. “A verdade é que o Novo começa como um projeto em 2015. Em 2016, eu fui um dos quatro primeiros eleitos no país. Fui eleito em Belo Horizonte para vereador. Em 2018, conseguimos a eleição do governador Romeu Zema, a eleição de oito deputados federais e a eleição de uma série de deputados estaduais em vários estados do Sul e Sudeste. Infelizmente, daí em diante, a gente começa a errar.”

Na avaliação do vice-governador, nas eleições de 2020, a sigla errou ao não lançar candidatos a prefeito e vereador em quase nenhuma cidade de Minas Gerais. Em Juiz de Fora, a sigla formou uma chapa para disputar cadeiras na Câmara, mas não se envolveu na disputa pelo Poder Executivo. “Só cinco cidades tiveram candidatos. Nós tínhamos o governador do Estado, tínhamos dois deputados federais, três deputados estaduais e não tínhamos candidatos nem a prefeito, nem a vereador. Infelizmente, a administração antiga do partido, comandada por João Amoêdo, entendeu que era melhor bloquear essas candidaturas.”

Preço alto

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Para Simões, o erro estratégico implicou no desempenho da sigla nas eleições gerais de 2024, quando, por exemplo, não conseguiu eleger um deputado federal por Minas Gerais. “Voltamos a errar nas eleições de 2022 quando nós não conseguimos completar as nossas chapas para deputado. Isso foi uma consequência direta da outra. O erro, efetivamente, foi a estratégia de 2020, o que esvaziou as nossas lideranças para 2022. É por isso que 2024 não pode significar o mesmo erro. Nós já perdemos um ciclo eleitoral inteiro. Nós temos que tentar fazer, em 2024, o trabalho que não foi feito em 2020: garantir eleição de vereadores.”

Apesar de defender foco na disputa por cadeiras legislativas, Simões não descarta a disputa por algumas prefeituras mineiras. “Podemos ter candidato a prefeito? Certamente. Teremos em Patos de Minas, onde o nosso prefeito é candidato à reeleição. A mesma coisa em Divinópolis. Temos outros prefeitos que estão se filiando e que também devem ir à reeleição. Podemos lançar candidatos novos à eleição em alguns municípios, mas o foco do Novo, nesse momento, tende a ser a formação da base de vereadores. Um dos amadurecimentos que a gente teve que fazer no Novo foi entender que é preciso participar da política para mudar a política. Isso é parte do amadurecimento do partido nesses anos”, avalia o vice-governador.

Vice elogia Carlos Eduardo, mas não descarta composições em JF

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Perguntado especificamente sobre a possibilidade de o Novo lançar um nome na disputa pela Prefeitura de Juiz de Fora, o vice-governador elogiou o nome do ex-secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, mas não descartou a possibilidade de a legenda buscar composições para fazer frente a um provável projeto de reeleição da prefeita Margarida Salomão (PT).

“(Carlos Eduardo) é um quadro excepcional. É um nome que, tenho certeza, somaria muito a Juiz de Fora, mas acho que a gente tem outras variantes para avaliar. Especialmente em uma cidade hoje administrada pelo PT, só é possível se pensar no lançamento de uma candidatura viável se todo centro e centro-direita estiver reunido em torno de um mesmo nome. Por questão de responsabilidade, esse nome sendo identificado com mais chances, tende a atrair todos os outros partidos, sob pena de a gente devolver 100% das possibilidades de reeleição à prefeita Margarida, contra quem eu não tenho absolutamente nada, mas que defende um modelo completamente diferente daquele que nós esperamos pro Brasil e, obviamente, para Juiz de Fora”, avaliou Mateus Simões.

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