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Joaquim Barbosa diz que não será candidato à presidência

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Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF
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O ex-ministro do Supremo Tribunal Federa (STF) Joaquim Barbosa, cogitado há alguns meses como um dos nomes fortes para a disputa do Palácio do Planalto, nas eleições de outubro deste ano, confirmou na manhã desta terça-feira (8), em sua conta no Twitter, que não pretende disputar a Presidência da República. A decisão, segundo ele, é “estritamente pessoal”.

“Está decidido. Após várias semanas de muita reflexão, finalmente cheguei a uma conclusão. Não pretendo ser candidato a Presidente da República. Decisão estritamente pessoal”, escreveu o ex-ministro, que havia se filiado ao PSB no final de abril.

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Na mais recente pesquisa Datafolha, publicada no mês passado, Barbosa aparecia bem posicionado, em torno dos 10% das intenções de voto, superando políticos tradicionais como o tucano Geraldo Alckmin, que ficou entre 7% e 8%.

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‘Compreensível’

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O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, disse ser “compreensível” a decisão de Joaquim Barbosa de não ser o candidato do partido nas eleições deste ano. O dirigente informou também que a legenda deve se reunir nas próximas semanas para discutir se vai tentar viabilizar outra candidatura ao Planalto ou não.

“Ele (Barbosa) avisou hoje (terça) cedo. Ligou agradecendo muito ao partido, disse que refletiu muito e que tinha decidido não ser candidato.”, afirmou Siqueira ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado. De acordo com ele, Barbosa alegou questões de foro íntimo para não disputar. “Disse a ele que era compreensível, porque é uma decisão de foro muito íntimo ser ou não candidato numa eleição”, afirmou, sem explicar quais as razões de foro íntimo do ex-ministro.

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O presidente do PSB contou que esteve com o ex-ministro do STF na semana passada, quando acertaram a contratação de assessores e marcação de encontros com economistas e especialistas na área social para discutir pontos de um futuro plano de governo. “Estivemos juntos na semana passada, tomamos uma série de decisões, mas ele recuou”, declarou o dirigente partidário.

Siqueira disse que a decisão de Barbosa “não chega a ser completamente uma surpresa”. “Essa dúvida ele sempre teve”, contou. “Nós nunca asseguramos a legenda para ele, assim como ele nunca assegurou para nós que seria candidato. Então, estava dentro do combinado”, acrescentou. O presidente disse que o partido vai discutir o que fazer a partir de agora nas próximas semanas. “Vamos discutir esse assunto posteriormente”, declarou

Após meses de especulações e articulações de bastidores, Barbosa anunciou sua decisão de não disputar o pleito deste ano, em sua conta no Twitter. “Está decidido. Após várias semanas de muita reflexão, finalmente cheguei a uma conclusão. Não pretendo ser candidato a Presidente da República”, escreveu o ex-ministro, que havia se filiado ao PSB no final de abril.

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Alckmin corteja PSB

Presidente do PSDB e pré-candidato do partido à Presidência da República, Geraldo Alckmin, disse nesta terça-feira que, se dependesse dele, uma aliança de seu partido com o PSB já estaria definida. A declaração foi dada poucas horas após Joaquim Barbosa anunciar que não irá concorrer à Presidência da República.

“Se dependesse de mim, nós já estávamos juntos com o PSB. Agora, temos que respeitar. É outro partido, tem uma lógica própria. Vamos aguardar”, afirmou Alckmin, após proferir palestra a empresários na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ).

Alckmin, contudo, preferiu manter a cautela. “Você só pode fazer aliança com quem não tem candidato. Você só vai saber quem não tem em junho. E o Brasil é uma federação, você não tem eleição só para presidente da República, tem também para os Estados. Tem muitas singularidades”, ponderou.

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O ex-governador de São Paulo elogiou Joaquim Barbosa. “Tenho um grande respeito pelo Joaquim Barbosa. Aliás, tinha declarado isso reiteradamente, por questão de valor, espírito público, preparado, serviço prestado ao Brasil. Há de se respeitar a sua decisão”, afirmou. “O que o PSB vai fazer, aí cabe ao partido avaliar.”

Para Geraldo Alckmin, a saída de Barbosa veio num movimento esperado em um momento em que mais de duas dezenas de políticos ou outsiders anunciam intenção de concorrer. “É natural que você que tinha um quadro muito fragmentado – 22 pré-candidatos -, à medida que vai chegando as convenções de junho, que reduza um pouco esse número de candidatos. Há uma fragmentação muito grande”, avaliou.

Mais cedo, ao saber da desistência de Barbosa, Alckmin afirmou, em evento em Niterói, que o ex-ministro deverá participar “de outra forma”.

 

Manuela

A pré-candidata do PCdoB à Presidência da República, Manuela D’Ávila, disse que respeita a decisão de Joaquim Barbosa. “É uma decisão que passa por questões pessoais”, afirmou. Sobre a pulverização de candidaturas, tanto de esquerda quanto de direita, afirmou que quem tem problema é a direita e que hoje não há motivos para retirar sua candidatura do pleito presidencial. Mas, pontuou que a união da esquerda se dará, sem dúvida, no segundo turno.

“A esquerda tem 24 pontos somando com o presidente Lula e eles não conseguem fazer decolar nenhum dos seus nomes”, declarou Manuela. “Todas as diferenças que temos são pequenas perto dos desafios que o Brasil enfrenta”, completou.

Para Manuela, o projeto neoliberal e ultraconservador não passará pela população. “É impossível que o povo faça essa escolha”, disse, pontuando que tem boas relações com Ciro Gomes (PDT), Guilherme Boulos (PSOL) e com o ex-presidente Lula (PT).

Ela participa nesta terça da 73ª Reunião Geral da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), em Niterói, no Rio de Janeiro.

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