Diante do contexto socioeconômico gerado pela Covid-19, o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) estruturou, junto ao Governo de Minas, um plano de ação que vai oferecer crédito e tornar as condições mais acessíveis para as micro e pequenas empresas (MPEs) do estado, por meio da disponibilização de crédito de até R$ 1,1 bilhão, tendo em vista a crise provocada pelo coronavírus.
O plano, lançado nesta quarta-feira (8) pelo governador Romeu Zema (Novo) e pelo presidente do banco, Sergio Gusmão Suchodolski, em entrevista coletiva via transmissão on-line, agrega quatro novas ações com foco reparatório: possibilidade de renegociação de dívidas de empresas com o banco; redução das taxas de juros, com prazo de carência dobrado para as MPE de todos os setores econômicos e em todos os municípios mineiros (programa BDMG Solidário); agilização de processos (dispensa de documentos) para MPE do setor da Saúde; e ampliação em R$ 100 milhões do limite de crédito disponível via Fundo Garantidor para Investimentos (FGI), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Além disso, o BDMG estima que, em 2020, o total de desembolsos para as MPE seja de aproximadamente R$ 1,1 bilhão.
Empreendimentos de todos os setores que faturem até R$ 4,8 milhões por ano estão aptas a tomar financiamento. A taxa de juros cobrada será de 0,83%, e os empresários terão seis meses de carência. De acordo com o chefe do Executivo, as medidas ajudarão a minimizar os impactos causados pela desaceleração da economia brasileira. “O que nós queremos, via BDMG, é disponibilizar linhas de crédito competitivas e desburocratizar processos. Caso sejam necessárias, outras medidas serão anunciadas para ajudar essas empresas, que empregam a maior parte da mão de obra do país”, explicou.
O plano prevê o atendimento a 735 mil micro e pequenas empresas, que correspondem a um quarto do Produto Interno Bruto (PIB) de Minas Gerais, além de 60% dos empregos no estado, segundo dados do Sebrae Minas. As novas ações serão disponibilizadas a partir desta quarta. “Estamos tornando ainda mais acessível e ágil a disponibilização de recursos neste momento de desafios. O BDMG, como banco de desenvolvimento, tem atuado na frente anticíclica deste cenário com um conjunto de ações efetivas para minimizar os impactos econômicos e sociais desta pandemia”, afirmou Sergio Gusmão. A fim de reduzir a burocracia e dar maior celeridade ao processo, a maioria das solicitações de crédito e pedidos de renegociação poderá ser feita on-line, pela plataforma digital do banco.