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‘Vamos cobrar o cumprimento das promessas’

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Entrevista/Lafayette Andrada, deputado estadual reeleito

Diferente dos futuros colegas que assumem uma cadeira na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) pela primeira vez em 2015, Lafayette Andrada (PSDB), deputado estadual reeleito com 58.088 votos, dará início ao seu terceiro mandato. Aos 47 anos, sendo oito dedicados à vida pública na capital, o parlamentar encontrará, nos próximos quatro anos, um cenário diferente do que estava acostumado: seu partido se portará como oposição ao Governo mineiro, que será chefiado por Fernando Pimentel (PT). O trabalho, para ele, terá como foco a fiscalização das ações e cobranças das propostas apresentadas em campanha. Independente de questões partidárias, Lafayette pretende unir forças para resgatar o desenvolvimento econômico da Zona do Mata, que há anos encontra-se em estágio de estagnação. Natural de Belo Horizonte, o deputado mantém em Juiz de Fora forte domicílio político, bem como em Barbacena, onde atuou como secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, nos anos de 1997 e 1998. Por aqui, ocupou uma cadeira no Legislativo Municipal, entre 2001 e 2004.

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Tribuna – O senhor traz uma experiência de dois mandatos. Nesta terceira legislatura, pretende seguir a mesma linha de trabalho já adotada?

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Lafayette Andrada – Este mandato será um pouco diferente dos demais. Nos anteriores, pertenci à bancada do Governo, agora, sou oposição, que torna o trabalho um pouco diferente, mais voltado para a fiscalização e para a cobrança, que é um aspecto exercido pelo Parlamento. O outro aspecto, porém, que não vai mudar, é a atuação intransigente em favor de Juiz de Fora e da Zona da Mata. Agora vamos ter uma bancada mais fortalecida. Acredito que poderemos contar com os deputados eleitos de Juiz de Fora para fortalecer o trabalho em prol do progresso da cidade e da região.

– Quais as principais áreas que devem nortear seu mandato?

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– Na Zona da Mata será preciso focar no desenvolvimento econômico e, para isso, é fundamental combater a guerra fiscal exercida pelo Rio de Janeiro na região, um dos grande motivos para a estagnação que vivemos nos últimos anos. Pretendo atuar em ações pontuais para fortalecer o Aeroporto Presidente Itamar Franco, que deve servir como âncora importante para o fortalecimento da região. A exemplo disto, temos o andamento das obras para a construção da rodovia que ligará o terminal à BR-040.

– Pela primeira vez, o senhor conviverá com um Governo que não será chefiado por um dos integrantes do seu grupo político. Que tipo de oposição pretende fazer?

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– Uma oposição responsável, mas que irá cobrar, ao limite, as promessas feitas pelo Governo que entra, além de uma fiscalização rigorosa dos seus atos. Durante a campanha eleitoral, percebi que o grupo que venceu apresentou um conjunto de promessas e propostas que, ao meu ver, considero inviáveis. Nossa postura será esta: de cobrança para o cumprimento destas promessas.

[Relaciondas_post] – A que o senhor atribui o revés nas urnas das candidaturas majoritárias deste grupo político em Minas Gerais?

– Há três razões principais, sendo que a primeira delas é a vinculação à eleição nacional. A segunda tem relação ao episódio envolvendo o candidato do PSB, Eduardo Campos. A queda do avião, ainda no primeiro turno, acertou em cheio a candidatura nacional do PSDB, na figura de Aécio Neves, que em primeiro momento, apresentava crescimento largo na preferência do eleitorado mineiro. A tragédia o fez cair para a terceira colocação, afetando o resultado em Minas. O terceiro e último fator, embora não seja o mais importante, teve muita influência nos resultados: os elevadíssimos erros nas pesquisas levadas ao público pelos noticiários. Isso de alguma forma, desmotiva a militância e influencia nas urnas.

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– Além do senhor, outros quatro deputados estaduais com grande atuação em Juiz de Fora foram eleitos. Apesar de partidos distintos, você acredita que é possível buscar um consenso para a formação de um grupo parlamentar que defenda os interesses da Zona da Mata?

– Tenho plena convicção de que será formado um grupo para levantar a bandeira da Zona da Mata. Na primeira entrevista que dei após a eleição, falei exatamente isso: é o momento da união. A disputa acabou e, agora, somos todos deputados. Embora sejamos de partidos diferentes, cabe a todos nós lutar pelos interesses de Juiz de Fora e região.

– Já é possível fazer uma previsão de como o PSDB deve se comportar nas eleições municipais de Juiz de Fora em 2016?

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Isso consiste em um exercício de futurologia, mas, o que posso dizer é que o PSDB terá um papel importante na eleição municipal de 2016. Terá uma posição definida e importante.

 

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