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Servidores do Estado paralisam atividades nesta terça

ALMG Willian Dias
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Nesta terça-feira (7), os servidores públicos do Estado de Minas Gerais paralisarão suas atividades como forma de protesto contra o Governo. O principal motivo é o Regime de Reformulação Fiscal (RRF), proposto sob a justificativa de renegociar as dívidas com a União. Ele surge do Projeto de Lei 1202 de 2019, de autoria do governador Romeu Zema (Novo), que ainda depende de autorização da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

A greve geral tem como objetivo se posicionar contra, além da RRF, as privatizações, o congelamento dos salários dos servidores e a precarização dos serviços públicos. O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) afirmou que enviará de Juiz de Fora uma caravana com cerca de 30 pessoas até Belo Horizonte, local em que os protestos serão realizados.

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Yara Aquino, diretora do Departamento de Comunicação do Sind-UTE/MG, argumenta que o projeto deve ser derrubado. “O RRF detona todos os setores públicos. Vão congelar os salários dos servidores por 9 a 12 anos, sendo que já é defasado. Se o Governo estadual contraiu dívidas e não está podendo pagar, não somos nós que pagaremos uma dívida que não contraímos.” Ela informou que não haverá aula na rede estadual nesta terça e que a expectativa é de “grande adesão” ao movimento.

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‘Diálogo aberto’

Em nota, o Governo de Minas afirma que tem como diretriz a manutenção permanente do diálogo aberto com todas as categorias e reforça que todos os direitos dos servidores estão garantidos com a adesão do Estado ao RRF, incluindo benefícios, progressões de carreira e reajustes de salários.

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A gestão estadual ainda coloca que, além das questões salariais, o RRF também não impede a realização de concursos públicos, promoções e progressões na carreira, e muito menos delimita investimentos em obras e ações necessárias. Ao contrário, com a situação fiscal equacionada, a tendência, segundo argumenta o Estado, é que a médio e longo prazos Minas Gerais tenha cada vez mais dinheiro liberado para estimular o desenvolvimento.

Em relação aos processos de desestatização, o Governo do estado afirma que a atual versão do Plano de Recuperação Econômica prevê apenas a desestatização da Codemig. Cemig e Copasa não fazem parte do escopo do RRF.

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R$ 165 bilhões

A informação do Governo é que, atualmente, a dívida pública estadual é de R$ 165,61 bilhões. Desse total, R$ 156,26 bilhões (94%) referem-se a valores devidos à União ou dívidas com instituições financeiras que têm a União como garantidora. Esse é o valor que está sendo renegociado junto ao Tesouro Nacional no RRF, para que Minas Gerais retome o pagamento da dívida. Nesta terça, às 9h30, a Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da ALMG vai realizar audiência pública para tratar do tema.

*Bernardo Marchiori, estagiário sob supervisão do editor Wendell Guiducci

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