Na entrada do condomínio número 3.100 da Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca, uma dezena de apoiadores do candidato à Presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro, não arreda o pé, mesmo com a chuva fina e contínua no Rio de Janeiro. Ali o candidato descansa em casa às vésperas do primeiro turno das eleições que ocorre neste domingo. Além dos apoiadores, vez ou outra eleitores de passagem param para fazer um registro em vídeo ou foto na frente do condomínio onde mora o candidato. Alguns deles vestem camisas com a foto do presidenciável e a palavra “mito”. Eventualmente, buzinas vindas de veículos que transitam na via também soam como sinal de apoio. Nas janelas de apartamentos nas redondezas, há bandeiras do Brasil e faixas em apoio a Bolsonaro.
Na orla da praia, em meio a edifícios de luxo, Bolsonaro tem ao seu redor uma rede de apoiadores. O candidato tem ficado recolhido em sua residência desde que chegou ao Rio de Janeiro, no último sábado (29), após receber alta do Hospital Albert Einstein, São Paulo. Na capital paulista, ele se recuperava de duas cirurgias que fez depois de ser atingindo por uma facada, em Juiz de Fora, Minas Gerais, no dia 6 de setembro.
A orientação médica, segundo sua campanha, é para o candidato se manter em repouso e evitar falar por muito tempo, razão pela qual ele declinou o convite para o último debate televisivo com os candidatos feito pela TV Globo na última quinta-feira. Na mesma data, porém, ele recebeu a equipe da TV Record para uma entrevista em sua casa, veiculada simultaneamente ao debate.
O candidato tem feito campanha pelas redes sociais. Neste sábado, publicou um post em que defendeu a punição mais firme contra criminosos e aqueles que desafiam as leis. A ausência de Bolsonaro nos debates aparentemente não causou impactos à sua imagem. Ele chega às eleições na dianteira das pesquisas de intenção de votos tendo participado de apenas dois debates televisivos e sem atividades de campanha na rua desde que sofreu o ataque.