Presidente da Câmara, Rodrigo Mattos deixou o PSDB, partido pelo qual se elegeu para a Câmara em quatro oportunidades, e assinou sua filiação ao PHS nesta quinta-feira (5). Sheila Oliveira também já acertou seu destino e trocou o PTC pelo Podemos. Charlles Evangelista também afiançou sua saída do PP. O martelo sobre seu destino, no entanto, ainda não foi batido, o que deve ocorrer nesta sexta. O caminho mais provável é que o vereador assine com o PSL.
Outros três parlamentares devem sair como candidatos a deputado estadual – Adriano Miranda (PHS), Cido Reis (PSB) e Roberto Cupolillo (Betão, PT). O trio, porém, seguem em suas legendas para a disputa.
Desligamentos consensuais
Os vereadores que irão mudar de legenda, no entanto, não têm a prerrogativa de se beneficiar da janela partidária de 30 dias para a troca de legendas que também se encerra nesta sexta-feira (6). Assim, uma mudança à revelia poderia custar os mandatos por infidelidade partidária. Sheila e Charlles, no entanto, conseguiram acertar desligamentos consensuais com suas antigas legendas, a partir de conversas de vieses eleitorais.
Já Rodrigo garante estar seguro de não ter seu futuro na Câmara ameaçado, diante de conversas internas e o entendimento de que o regulamento próprio do PSDB lhe garante espaço para a saída justificada. Rodrigo e Charlles devem se lançar como candidatos a deputado federal, enquanto a tendência é de que Sheila corra por uma cadeira na Assembleia Legislativa.
As trocas significam uma reconfiguração partidária da Câmara. O PMDB segue como a maior legenda da Casa com quatro vereadores: Ana Rossignoli, Antônio Aguiar, Kennedy Ribeiro e Marlon Siqueira. O PTC perde o posto de segunda maior bancada e conta agora com dois parlamentares: José Fiorilo e Luiz Otávio Coelho (Pardal). O PHS assume o posto com três legisladores, uma vez que, além de Rodrigo, conta com os mandatos de Adriano Miranda e Júlio Obama Jr.
Dois partidos perderão espaço no Legislativo juiz-forano: PP e PSDB, que não terá mais a presidência da Câmara, mas herda a Prefeitura com a iminente renúncia do prefeito Bruno Siqueira (MDB), que deixa a cadeira para o vice-prefeito Antônio Almas (PSDB). Em contrapartida, o número de partidos deve seguir inalterado, com o Podemos ganhando espaço com a filiação de Sheila Oliveira e a provável ida de Charlles para o PSL.