Um grupo de professores e estudantes da rede estadual de ensino foi às ruas, na manhã desta sexta-feira (6), em defesa da educação, cobrando do Governo do Estado o cumprimento de algumas pautas de reivindicação, entre elas o pagamento do piso salarial, o fim do parcelamento de salários, o cumprimento de acordos assinados e a falta de atendimento aos problemas de infraestrutura nas escolas.
O movimento, segundo o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) Subsede Juiz de Fora, foi convocado pelos próprios estudantes, que, com faixas e cartazes nas mãos, entoaram os dizeres: “hoje a aula é na rua, Pimentel a culpa é sua”. Os manifestantes se reuniram às 8h30 em frente à Escola Normal. Em seguida, saíram em passeata pelas ruas até a sede da Superintendência Regional de Ensino, na Rua Espírito Santo, no Centro. Durante a estada no local, eles pararam o cruzamento da via com a Avenida Rio Branco, no intuito de chamar a atenção da população.
Boa parte das escolas está com as atividades 100% paralisadas, conforme informou o sindicato. A greve, deflagrada no dia 8 de março, segue por tempo indeterminado. Contudo, o sindicato informou que não está havendo avanços nas negociações, com isso, a categoria volta a se reunir em assembleia, em Belo Horizonte, na próxima terça-feira (10). Além das reivindicações, os trabalhadores da rede estadual pedem atendimento de qualidade pelo Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg).
Em nota, a Secretaria de Estado de Educação (SEE) reiterou que o Governo de Minas Gerais se empenhou na busca de uma conciliação com o Sind-UTE que atendesse as partes envolvidas e garantisse a regularidade do ano letivo dos estudantes da rede. A Secretaria informou ainda que, com a mediação do Ministério Público e da Assembleia Legislativa, foi elaborado um termo de conciliação que previa o envio de projeto de lei para concessão dos reajustes do Piso de 2017 e 2018 tão logo o Governo retornasse ao limite previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal. Por fim, diz a nota “o Governo cumpriu a maioria dos itens do acordo de 2015 e que está aberto a soluções que tenham viabilidade legal e contribuam para o cumprimento na íntegra do acordo firmado com os trabalhadores”.