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Antônio Almas será o 23º prefeito de Juiz de Fora

Almase Bruno FERNANDO PRIAMO1
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Eleito vice-prefeito de Juiz de Fora nas eleições de outubro, Antônio Almas (PSDB) será alçado à chefia do Poder Executivo Municipal, nesta sexta-feira (6), após a renúncia do prefeito Bruno Siqueira (MDB). Com isto, aos 60 anos, Almas será o 23º prefeito de Juiz de Fora desde 1931. A posse está marcada para às 14h, na Câmara Municipal.

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Antônio Almas é natural de Juiz de Fora e é médico nefrologista. Foi vereador por dois mandatos. Entre 1993 e 1996 foi eleito pelo PSB e exerceu a função de líder do Governo do então prefeito Custódio Mattos (PSDB) na Câmara Municipal. Em 1997, dessa vez já no PSDB, saiu vitorioso das urnas e integrou sua segunda legislatura, finalizada em 2000. Um dos destaques de sua atuação parlamentar foi a aprovação de projetos de lei como o que garante licença-maternidade de 120 dias para servidoras municipais que adotarem crianças de 0 a 2 anos; o que cria a central de notificação de morte encefálica para facilitar transplantes e doações de órgãos; e o que reserva vagas nos estacionamentos rotativos pagos, tipo área azul, para veículos dirigido ou conduzido por pessoas portadoras de deficiência ambulatorial.

Na vida pública, ainda dirigiu a Policlínica de Benfica entre 2001 e 2004, quando deixou a função para se lançar candidato a vice-prefeito pela primeira vez, em chapa encabeçada por Custódio, que acabou derrotada no segundo turno pela composição liderada pelo ex-prefeito Alberto Bejani (PSL), à época no PTB.

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Retornou à policlínica em 2009, quando promoveu a reforma da unidade e a implantação do Pronto Atendimento Infantil. Ainda em 2016, então candidato a vice-prefeito, Almas concedeu entrevista exclusiva à Tribuna em que defendeu que a atual administração atue para garantir avanços na área da saúde e a ampliação do processo de gestão com novas ferramentas que permitam a melhoria dos serviços prestados. Até o momento, Almas também não se pronunciou publicamente acerca da responsabilidade de assumir a PJF.

3ª vez do PSDB

Com a ascensão de Antônio Almas ao cargo de prefeito de Juiz de Fora, esta será a terceira vez que o PSDB terá o comando da máquina administrativa municipal da cidade. Em oportunidades anteriores, os tucanos já chefiaram a Prefeitura em duas ocasiões, sempre pela caneta do ex-prefeito e ex-deputado federal Custódio Mattos, que desempenhou a função entre 1993 e 1996 e entre 2009 e 2012.

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Vice-prefeito é alçado ao comando do Executivo pela segunda vez em dez anos

Não pode se dizer que a renúncia de um prefeito de Juiz de Fora é algo novo. Embora por razões totalmente distintas, uma situação similar aconteceu há quase dez anos, quando o ex-prefeito Alberto Bejani (PSL), à época no PTB, também renunciou à função. Diferentemente da opção de Bruno Siqueira, que sai para disputar as eleições de outubro, o afastamento de Bejani foi conturbado. Em 16 junho de 2008, quando sua gestão estava cercada de suspeitas de irregularidades e ele se encontrava preso preventivamente no âmbito da Operação de Volta para Pasárgada da Polícia Federal (PF), Bejani encaminhou uma carta de renúncia à Câmara Municipal, em que alegou necessitar de mais tempo para se dedicar exclusivamente a sua defesa. Na ocasião, porém, especulou-se que, com a movimentação, o ex-prefeito procurava evitar uma eventual cassação e garantir os direitos políticos. A decisão alçou o então vice-prefeito José Eduardo Araújo, à época no PV, à chefia do Executivo, para cumprir cerca de seis meses de mandato.

Se não há qualquer relação entre as renúncias de Bruno Siqueira, por aspirações eleitorais, e de Alberto Bejani, por motivos judiciais, é possível comparar a decisão de Bruno com a de outro ex-prefeito de Juiz de Fora. Tido como principal herdeiro político de Itamar Franco, intencionalmente ou não, o emedebista acaba seguindo os passos do ex-presidente. As trajetórias podem ser consideradas até mesmo similares. Em 1966, então, com 36 anos, no MDB, Itamar foi eleito prefeito de Juiz de Fora para seu primeiro mandato. Quatro anos depois, em 1972 acabou escolhido para um segundo mandato – não consecutivo. Assim como Bruno, o ex-presidente não completou o segundo mandato e, também aos 43 anos, renunciou para concorrer a uma cadeira no Senado. Acabou vitorioso nas urnas. Resta agora saber o que o destino reserva para Bruno Siqueira nas eleições de outubro.

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