Corrigida às 15h15
Secretaria de Planejamento e Gestão de Minas Gerais confirmou que, “por considerar prioridade o pagamento dos servidores públicos”, o funcionalismo estadual receberá seus vencimentos na quinta (8), quinto dia útil de janeiro. O anúncio feito por meio de uma nota encaminhada à imprensa e aplaca os receios surgidos na última sexta-feira. Na ocasião, também por meio de nota, o atual Governo admitiu dificuldades e alegou estar fazendo os esforços necessários para efetuar o pagamento dos servidores estaduais dentro do prazo previsto. O secretário de Planejamento, Helvécio Magalhães, chegou a afirmar que os cofres estaduais dispunham de cerca de R$ 700 milhões para arcar com a folha de pagamento, estimada em R$ 2 bilhões.
Antes da confirmação de que o pagamento seria efetuado, o novo bloco oposicionista da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) fez sua primeira ofensiva ao recém-empossado Governo de Fernando Pimentel (PT). Em entrevista coletiva, parlamentares de PSDB, DEM e PSD ameaçaram, nesta terça-feira (6), levar as discussões acerca dos salários dos servidores para a Justiça. Segundo o grupo, a intenção poderia se tornar real caso o governador e sua equipe mantivessem a alegação de falta de recursos nos cofres estaduais para quitar a folha do funcionalismo. “Se continuar esse ‘blá-blá-blá’, vamos interpelar judicialmente. Já procuramos advogado. Não dá para o PT jogar na lama um Governo digno como foi esse (a gestão Antonio Anastasia/Alberto Pinto Coelho)”, disparou o deputado João leite (PSDB).
A ofensiva foi uma resposta à nota publicada anteriormente pelo Governo, que sinalizava dificuldades para o pagamento. Para embasar o argumento, os deputados estaduais apresentaram uma lista com a discriminação dos recursos constantes em caixa no dia 31 de dezembro, último dia em que o governador Alberto Pinto Coelho (PP) esteve à frente do Executivo estadual. De acordo com o documento, a gestão passada deixou cerca de R$ 4 bilhões em caixa. Deste montante, pouco mais de R$ 2,2 bilhões foram chancelados como de “livre utilização”, o que seria suficiente para quitar a folha de dezembro dos servidores ligados ao Estado. A ameaça, entretanto, parece ter perdido força após o anúncio do Governo de que os salários serão depositados na quinta-feira (8), conforme o previsto.
(O último dia em que o governador Alberto Pinto Coelho (PP) esteve à frente do Executivo estadual foi 31 de dezembro e não 31 de janeiro, como havíamos informado)