Os servidores estaduais de Saúde decidiram deflagrar greve em todo estado por tempo indeterminado, a partir da próxima quinta-feira (7). A decisão foi votada em assembleia geral dos trabalhadores, realizada pelo SindSaúde, na última segunda-feira (4), na Assembleia Legislativa de Minas de Gerais (ALMG), em Belo Horizonte. A principal reivindicação da categoria é a isonomia de tratamento em relação à negociação estabelecida entre Estado e servidores do setor de segurança. O Governo reconheceu as perdas inflacionárias da categoria, no percentual de 28,82%, e se comprometeu a recompor o índice. Além da negociação salarial imediata, os trabalhadores da Saúde também reivindicam a extensão da Gratificação por Atividade de Gestão da Saúde (Gage) para todos os trabalhadores da Secretaria Estadual de Saúde (SES) e a revogação de decreto que estabelece regras para que os servidores do Estado sejam cedidos para organizações sociais, além de propor a possibilidade de terceirização da gestão dos hospitais que pertencem à rede Fhemig.
Decidiram aderir à greve os servidores da SES, da Fundação Ezequiel Dias (Funed), da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), do Hemocentro de Minas Gerais (Hemominas), da Escola de Saúde Pública de Minas Gerais (ESP) e da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), no Norte de Minas. Em Juiz de Fora, a greve afetará o funcionamento do Hemominas, do Hospital Regional João Penido (Fhemig) e do Palácio da Saúde. Apesar disso, conforme o diretor estadual do SindSaúde de Juiz de Fora, Fabiano Ponciano, a escala mínima de 30% dos atendimentos será mantida nestas unidades. Os servidores da Saúde municipalizados também irão aderir ao movimento. Segundo Ponciano, o sindicato irá reunir os servidores na cidade para uma manifestação na quinta-feira (7). O local, entretanto, ainda não está definido.
Em nota, a SES informou que o Governo tem recebido a entidade representativa dos servidores da Saúde, sempre que solicitado. Dessa forma, está previamente agendada uma reunião entre sindicato e o secretário de Estado de Planejamento e Gestão, Otto Levy, na próxima quinta (7), para tratar da pauta deliberada em assembleia-geral, ocorrida em 21 de outubro. De acordo com o SindSaúde, após esta sessão, o Governo sinalizou que faria o reajuste nos termos do promovido para o pessoa da segurança pública; no entanto, sem comunicado oficial.