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Coteca tem campanha mais barata

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Na outra ponta das prestações de conta, João Coteca (PR) foi quem declarou a campanha mais barata entre os vereadores eleitos. De acordo com as informações constantes no sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o parlamentar, que fará sua estreia no Poder Legislativo em 2017, informou um total de despesas da ordem de R$ 948. Considerando sua votação e o apoio de 4.068 eleitores, Coteca teve um dispêndio médio de apenas R$ 0,24 por voto garantido. Depois dele, entre os parlamentares que integrarão a futura configuração da Câmara, aqueles que apresentaram as menores relações entre despesas e votos foram André Mariano (PSC) e Júlio Obama Jr. (PHS), que despenderam R$ 2,90 por eleitor conquistado cada um.
A marca de Coteca é ainda mais significativa quando observados os gastos declarados pelos vereadores eleitos nas últimas duas eleições municipais. Nos últimos oito anos, o candidato que saiu vitorioso das urnas com a campanha mais barata havia sido Antônio Martins (Tico Tico, PP), em 2008. Naquele ano, o ex-vereador – que tentou, sem sucesso, retornar à Câmara nas eleições de 2012 e deste ano – informou ao TSE um total de despesas da ordem de R$ 716, o que significaram gastos de cerca de R$ 0,25 para garantir cada um dos 2.788 votos computados. Com a correção inflacionária do período, tais valores corresponderiam hoje a R$ 1.181 e R$ 0,41, acima dos registrados por Coteca no pleito deste ano.
Em 2012, os menores gastos foram informados pelo vereador Jucelio Maria (PSB), que comunicou ao TSE despesas de R$ 4.820 (R$ 6.431 em valores corrigidos), o que significou dispêndio de R$ 2,40 (R$ 3,20 atualizados) por voto obtido. Na disputa desse ano, Jucelio tentou a reeleição e declarou despesas da ordem de R$ 23.609,74, o que corresponde a gastos de R$ 6,53 por cada um dos  3.618 votos angariados.
Após a apuração, Jucelio chegou a figurar na relação dos eleitos, mas não deve garantir uma cadeira depois da validação do registro de candidatura de Charlles Evangelista (PP) pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). A decisão deve resultar na eleição do candidato do PP e em uma redistribuição das cadeiras divididas a partir das chamadas sobras, o que implicaria na saída de Jucelio da futura configuração da Câmara. Com gastos declarados de R$ 48.471,05, Charlles despendeu R$ 18,47 por cada um dos 2.625 votos obtidos no último dia 2 de outubro.

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