Professores das redes municipal e estadual se reúnem em ato no Centro de Juiz de Fora na tarde desta quarta-feira (5). Eles protestam contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241, que congela os gastos públicos por 20 anos, e também contra a medida provisória encaminhada pelo Governo Temer ao Congresso, propondo a reforma do Ensino Médio.
Junto deles, estão alunos do Colégio de Aplicação João XXIII, que se opõem principalmente à retirada de disciplinas como filosofia e sociologia do currículo, sendo este um dos pontos de maior conflito da medida provisória.
Após se concentrarem no Parque Halfeld, os manifestantes desceram o Calçadão, gritando palavras de ordem contra o presidente Michel Temer.
Segundo a coordenadora geral do Sindicato dos Professores (Sinpro), o ato faz parte do dia de paralisação do servidor público, o qual teve uma adesão de 62% da categoria nas escolas públicas municipais de Juiz de Fora. Para ela, a PEC que congela os gastos impactara diretamente na oferta de serviços públicos de qualidade e também na carreira dos servidores, impedindo, inclusive, a realização de novos concursos.
Já a diretora do Sind-UTE, Victória Mello, destacou que 60% dos professores estaduais paralisaram suas atividades. Além do enfrentamento à PEC, eles questionam o Governo de Minas por atraso nos repasses para escolas estaduais, salários parcelados e a incerteza do pagamento do 13° salário ao funcionalismo estadual.
O presidente do grêmio estudantil do Colégio João XXIII, Yuri Vieira do Vale, falou sobre a necessidade de mobilização dos alunos junto aos professores. Segundo ele, mais de 30 estudantes participaram do ato.