O Partido dos Trabalhadores (PT) oficializou a candidatura de Margarida Salomão (PT) à Prefeitura de Juiz de Fora (PJF). Esta será a quarta vez em que a deputada Federal tentará chegar ao comando do Poder Executivo municipal, após ter avançado ao segundo turno das eleições municipais nos pleitos de 2008, 2012 e 2106. A parlamentar teve seu nome aprovado em convenção partidária realizada pelo PT na manhã deste sábado (5). Os petistas também chancelaram a aliança com o PV, na coligação “Juiz de Fora Vale a Pena”, e a indicação do vereador Kennedy Ribeiro (PV) como candidato a vice-prefeito na chapa. Cabe destacar que o PV também fez sua convenção neste sábado, ratificando a composição.
De volta ao páreo na corrida pela Prefeitura, Margarida destaca algumas premissas que considera como basilares no projeto que será apresentado pela dobradinha PT/PV ao eleitorado: o desenvolvimento, a participação popular e democrática, a inclusão e a inovação. Tais princípios vão nortear a construção do plano de Governo da coligação, que, segundo a deputada, deverá ser adequado a atual realidade da cidade em meio à pandemia da Covid-19 e de um cenário de crises econômica e política pela qual passa o país, com reflexos nas discussões em âmbito municipal.
“O cenário exige uma resposta apropriada, baseada em nossa convicção de que a cidade precisa de uma proposta de desenvolvimento, com inclusão social e participação popular. Isso para nós é basilar. Estamos dispostos a conversar com todas as forças políticas da cidade para que esta proposta tenha representatividade e alcance todas as necessidades deste momento, que envolve a pandemia e também as crises econômicas e políticas. Isso vai exigir de nós uma resposta adequada. Vamos apresentar a melhor proposta da cidade”, sinalizou Margarida.
Experiente na disputa, Margarida afirmou que sua preocupação é de fazer um amplo debate sobre os problemas de Juiz de Fora. Contudo, a exemplo do que já ocorreu em anos anteriores, admite a possibilidade de que o debate ganhe contornos nacionais, uma vez que a discussão política no país permanece bastante polarizada. “A nossa prioridade é discutir a cidade. Ao fazê-lo, também estaremos discutindo o Brasil. Mas o nosso objetivo central será o debate de Juiz de Fora. É na cidade onde todos os problemas se encontram, como os econômicos, sociais e urbanos.”
PV valida aliança com petistas e indicação de Kennedy
Discurso similar foi adotado pelo vereador Kennedy Ribeiro (PV), que, além de destacar as credenciais de Margarida para ocupar a Prefeitura, também reforçou a preocupação com a retomada do desenvolvimento econômico da cidade. “Queremos fazer com que a cidade seja de fato um polo da Zona da Mata e volte a ser a Manchester mineira.” Vice-presidente do PV em Juiz de Fora, o advogado Vitor Passos destacou que a composição com o PT foi construída com base na “afinidade ideológica e programática”.
O Partido Verde chegou a debater a tese da candidatura própria, que acabou sucumbindo internamente. “Diante do avançar das conversas com a candidatura de Margarida Salomão, identificamos que o Kennedy tinha o perfil ideal para agregar ao projeto, sendo o candidato a vice-prefeito que trará o equilíbrio necessário para a chapa e levará as pautas do Partido Verde para a discussão majoritária”, afirmou.
Chapas de vereadores são apresentadas
As convenções de PT e PV também definiram as chapas que os dois partidos apresentarão, de forma individualizada, para a disputa por cadeiras na Câmara. O Partido dos Trabalhadores terá uma chapa com 28 candidatos, em que os atuais vereadores Juraci Scheffer e Wanderson Castelar tentarão a eleição. Principal expoente do partido na cidade, a deputada federal Margarida Salomão destacou o fato da relação de postulantes à Câmara apresentada por seu partido ter sido montada com a preocupação em garantir espaço a vozes minoritárias na discussão pública. “É uma chapa com a cara de Juiz de Fora”.
Já o PV aprovou uma chapa completa, com 29 candidatos a vereador. Em seu segundo mandato, o vereador José Márcio (Garotinho) tentará a reeleição pela legenda, que tem também o ex-vereador Aparecido de Jesus (Cidão). “Com o advento da mudança na legislação eleitoral, tornou-se quase impossível falar na eleição de três vereadores. Todo o nosso planejamento foi realizado para que consigamos atingir nosso objetivo de garantir duas cadeiras na próxima composição da Câmara”, avaliou o vice-presidente da sigla.