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Em visita a JF, Meirelles fala em trazer programas para a região

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Candidatos do MDB à presidência da República e ao governo do estado, Henrique Meirelles (centro) e Adalclever Lopes (à direita) participaram do lançamento da candidatura de Bruno Siqueira à Assembleia de Minas (Foto: Felipe Couri)
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Os candidatos à Presidência da República Henrique Meirelles (MDB) e ao Governo do Estado Adalclever Lopes (MDB) visitaram Juiz de Fora, nesta quarta-feira (5). Eles participaram do lançamento da candidatura do ex-prefeito Bruno Siqueira (MDB) à Assembleia Legislativa. Correligionários como o deputado federal Leonardo Quintão (MDB), em campanha para reeleição, também estiveram na solenidade. Os dois candidatos ao Executivo iniciam o cumprimento de agenda eleitoral no interior de Minas por Juiz de Fora e seguem, posteriormente, para Valadares e Caratinga. Meirelles é o primeiro presidenciável, em campanha, a visitar o município após o registro das chapas junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Aguardados por Bruno Siqueira e Paulo Gutierrez, presidente do Diretório Municipal do MDB, Henrique Meirelles e Adalclever Lopes desembarcaram no Aeroporto Francisco Álvares de Assis, o Serrinha; enquanto o emedebista veio de São Paulo (SP), o candidato ao Governo do estado saiu de Belo Horizonte. Após atenderem à imprensa, os candidatos rumaram para o Bairro Poço Rico, onde, no Casarão Imperial, participaram, junto a lideranças políticas locais e regionais – como o prefeito Antônio Almas (PSDB) e o vereador Marlon Siqueira (MDB) – e parte do secretariado da atual legislatura, do lançamento da candidatura de Bruno. Cerca de 500 pessoas, entre militância, apoiadores e correligionários compareceram à solenidade.

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Com 2% das intenções de voto na pesquisa Ibope, divulgada nesta quarta, Meirelles aproveitou a oportunidade para apresentar propostas para a região. “Eu e o próximo governador, Adalclever, estaremos, juntos, trazendo programas que beneficiem a região, com uma posição econômica já consolidada, mas com grande potencial. (Minas Gerais) Vai crescer, mas com o poder nas mãos de um grande gestor competente e, conosco na Presidência, vai tomar um grande impulso.” Ao passo que o ex-ministro da Fazenda endossou sua trajetória econômica pública e privada, Adalclever apresentou-se como alternativa à polarização entre PT e PSDB em Minas.

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Meirelles ressalta sua história

Ministro da Fazenda do presidente Michel Temer (MDB) até abril último, Meirelles refuta, entretanto, uma possível influência da impopularidade do chefe do Executivo em seu desempenho. “Tenho uma candidatura que é resultado da minha história. Fui presidente de uma grande instituição financeira global (BankBoston). Disputei com candidatos do mundo inteiro. Depois, tomei a decisão de voltar ao Brasil e fui presidente do Banco Central no Governo Lula. Sou um candidato que não tenho nenhum processo e nunca tive nenhuma denúncia sequer por corrupção.”

Questionado sobre a estratégia adotada nos debates políticos, nos quais tem buscado enfrentamento direto com o candidato Jair Bolsonaro (PSL) para aproximar-se do eleitorado, Meirelles adotou postura reticente. “O processo eleitoral, até agora, é uma mera recordação de campanhas de mídia social de vários anos. Nosso programa eleitoral está muito bem avaliado. É considerado o melhor programa. Temos certeza que irá refletir nas pesquisas e que o Brasil tem eleitores que sabem escolher; são sábios e não embarcam em aventuras. De aventura, o Brasil já se cansou e já sofreu muito com isso.”

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Candidatura de última hora

Após o imbróglio da chapa Minas Tem Jeito, encabeçada, inicialmente, pelo ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda – que levou a retirada da candidatura e desfiliação de Lacerda do PSB -, o presidente da Assembleia Legislativa, Adalclever Lopes (MDB), lançou-se, tardiamente, na corrida ao Palácio da Liberdade. “O plano do Lacerda já era o mesmo que o meu. Eu era seu vice. O plano está registrado, e é isso que vamos seguir. Ele está conosco em todos os momentos. Hoje, por exemplo, fez uma grande gravação para o programa eleitoral, nos dando 100% de apoio e indicando nossos nomes. Nós temos certeza que Minas irá escolher sem ódio e sem rancor um governador que esteja acima da fila partidária.” O desconhecimento do deputado estadual perante o eleitorado materializa-se na intenção de votos por ele registrada em pesquisa divulgada pelo Ibope em 29 de agosto – MG-07647/2018. O emedebista tem os votos de apenas 1% dos mineiros entrevistados.

Desde o lançamento da candidatura, Adalclever posiciona-se na corrida como terceira via. Contudo, foi ele um dos fiadores do mandato de Fernando Pimentel (PT) como presidente da Assembleia Legislativa. “Eu sou uma terceira via de fato. Fui eleito e reeleito por unanimidade presidente da ALMG. Está na Constituição que os poderes precisam ser harmônicos e foi isso o que eu fiz. A ALMG tem 77 deputados, e a decisão é de maioria. Tudo o que foi votado foi decisão coletiva. E nós, por obrigação, tivemos o melhor relacionamento tanto com o Governo quanto com o Judiciário. Os poderes têm que ser independentes, porém, harmônicos.” Até a entrada da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) como candidata ao Senado em Minas, a coligação estadual com o PT era uma das possibilidades do MDB nestas eleições.

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Assembleia Legislativa

Bruno Siqueira (MDB) deixou a Prefeitura em abril último com intenções de lançar-se ao Senado. Frente a longas negociações do MDB para coligação majoritária, o ex-prefeito candidatou-se a deputado estadual, cargo por ele exercido entre 2010 e 2012 antes de assumir o Executivo juiz-forano. “Eu estava muito bem colocado nas pesquisas de opinião para o Senado, em terceiro lugar. Mas em razão de decisões partidárias, em julho, defini pela candidatura a deputado estadual. Estou trabalhando nos municípios da Zona da Mata e em outras cidades de regiões próximas como Vertentes e Sul de Minas, além de Juiz de Fora, no sentido de buscarmos a retomada do crescimento.”

 

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