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JF ganha novo espaço para acolhimento à mulher vítima de violência

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Meta é promover acolhida, para que a vítima de violências diversas possa ser orientada e auxiliada (Foto: Assessoria CMJF)
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A Câmara Municipal de Juiz de Fora inaugurou, nesta quinta-feira (4), o Centro Integrado de Atendimento à Mulher (Ciam), que vai oferecer acolhimento às mulheres que sofrem algum tipo de violência e que necessitam de ajuda. A resolução que cria o Ciam foi aprovada pelos vereadores, na semana passada, em terceira discussão, e está prevista no plano estratégico da atual Mesa Diretora (2021/2022). Presidente da Casa, o vereador Juraci Scheffer (PT) destacou, durante cerimônia de inauguração do espaço, a importância da efetiva implementação do núcleo. “A criação do Ciam se dá a partir de uma demanda colhida através do encontro de setores da Câmara com a sociedade. Nós temos, hoje, a maior bancada de vereadoras da história da cidade e não podemos ignorar o que chega até nós. Ter um espaço para atendimento e acolhimento à mulher é fundamental para trazer mais cidadania a todas mulheres.”

Conforme Juraci, o Ciam contará com dez servidoras do Legislativo municipal, entre atendentes, estagiárias, psicólogas, advogadas e assistentes sociais. A cerimônia de criação do Ciam ocorreu nesta quinta-feira, na Câmara Municipal. Além de Juraci, as vereadoras Cida Oliveira (PT), Kátia Franco (PSC) e Tallia Sobral (Psol) compuseram a mesa de inauguração. Os parlamentares André Luiz (Republicanos), Marlon Siqueira (PP), Maurício Delgado (DEM), Nilton Militão (PSD), Pardal (PSL), Tiago Bonecão (Cidadania) e Vagner de Oliveira (PSB) também participaram da solenidade. O chefe do 4º Departamento de Polícia Civil, delegado-geral Gustavo Adélio Lara Ferreira, também marcou presença no evento. O Ciam terá a parceria da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) e da Casa da Mulher, caso seja identificada a necessidade de a vítima ser encaminhada para uma destas unidades.

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Construção de políticas públicas

A implementação do projeto tem o objetivo de oferecer mais segurança e acolhimento para mulheres vítimas de violências diversas. O local funciona no andar térreo da Câmara, à direita. Conforme os vereadores, o local de atendimento foi pensado para ser discreto, com o intuito de encorajar e auxiliar em possíveis denúncias e buscas por ajuda. O espaço contará com a orientação e o encaminhamento de profissionais das áreas jurídica, psicológica e de assistência social voltados para mulheres em vulnerabilidade.

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O serviço é gratuito e não há limite de atendimento diário, desde que ocorra dentro do horário de funcionamento da Câmara, de segunda à quinta-feira, das 8h às 18h, e às sextas, das 8h às 15h. O Ciam já terá expediente nesta sexta-feira. Conforme Mirelly Cardoso, servidora responsável pelo primeiro atendimento às vítimas, o intuito é que, posteriormente, o serviço seja ampliado também para ser oferecido aos finais de semana. Para o primeiro atendimento e acolhimento da mulher não é necessário agendamento. “Assim que a mulher chegar até nós, teremos uma conversa inicial para tentar identificar a sua demanda. Depois, ela será encaminhada para o acolhimento feito por uma assistente social e, assim, ela poderá ser encaminhada para os atendimento jurídicos ou psicológicos do Ciam ou, ainda, de outros órgãos públicos parceiros”, explica.

A servidora destaca a importância do serviço para a consolidação de projeto futuros. “É um trabalho que vai render muitos projetos. Estando na Câmara, inclusive, conseguimos fazer uma coleta de dados, o que permite apresentarmos aos vereadores da Casa o que chega até nós, dando base para a construção de políticas pública em defesa das mulheres.”

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Orientação

A supervisora do Ciam, Gilmara Mariosa, considera o projeto um marco na história da cidade. “Pela primeira vez, o Legislativo vai oferecer um atendimento especializado não só para as mulheres da cidade, mas para as servidoras da Casa”, destaca. Na avaliação dela, além do atendimento, o serviço quer garantir o acolhimento para que a vítima seja fortalecida e amparada para uma possível denúncia. “Nós somos muito silenciadas na sociedade e, muitas vezes, as mulheres procuram escuta e amparo para que entendam o que se passa com elas.”

Conforme a supervisora, o projeto também pretende buscar a formação e a orientação de mulheres, por meio de palestras, seminários e encontros, sobre os tipos de violência e como identificá-la. “Há vários tipos de violência, física, moral, psicológica, patrimonial e sexual. E, muitas vezes, a mulher está tão fragilizada, que não consegue saber que passa por uma delas ou não a identificam como violência por não ser física. Por isso, queremos ampliar nosso serviços e estamos com uma equipe preparada para prestar esses acolhimento”.

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