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Primeiras pré-candidaturas à Prefeitura começam a aparecer

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Mesmo a 245 dias das eleições, quase 200 dias até o prazo final para registrar candidatos, e ainda a mais de um mês para as primeiras movimentações oficiais do ano eleitoral, as janelas partidárias – quando os parlamentares em atividade poderão mudar de partido sem perder o mandato -, partidos e personalidades políticas já começaram a manifestar seus interesses em Juiz de Fora. A Tribuna apurou quais são os planos, até o momento, com representantes de todos os partidos com diretórios municipais registrados e ativos no Tribunal Superior Eleitoral – além de quem já havia declarado publicamente e até mesmo outros que ainda não se encontram registrados. Entre indefinições, pretensões e contatos não retornados, cinco nomes já dão a pré-candidatura como confirmada.

A atual prefeita, Margarida Salomão (PT), já havia declarado com exclusividade para a Tribuna, em 12 de dezembro do ano passado, que o partido deveria reapresentar a candidatura e “certamente” começaria a trabalhar a partir daquele momento, conversando sobre alianças. Além disso, afirmou que a expectativa era criar uma grande frente. À Rádio Transamérica, já bem no fim de 2023, repercutindo a declaração, reiterou a intenção de se candidatar em uma frente ampla, mas ainda sem detalhar partidos. Vale lembrar que PCdoB e PV atuarão como um único ente partidário, em conjunto com o PT, até 2026, quando termina a duração da primeira federação partidária registrada, em 2022.

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No caminho oposto, Charlles Evangelista reafirmou na própria rede social, no fim de janeiro, a pré-candidatura pelo PL, com o apoio do Progressistas, PRD e PMN, “empenhados em derrotar o PT e administração”. Na publicação, ele afirma que tem uma excelente relação com todos os pré-candidatos que já foram mencionados, “exceto pelos ligados a partidos de esquerda”.

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Pelo Avante, a deputada federal Ione Barbosa é “candidatíssima”. O próprio partido definiu, em convenção nacional, que terá como foco esta candidatura e uma em Manaus, as duas grandes ao Executivo neste ano. A delegada ainda conversa com alguns partidos para fazer alianças. Teve uma conversa com o MDB “muito boa”, de acordo com a assessoria, que entende o grupo político com uma relevância enorme em Juiz de Fora, e também com o PSDB.

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Isauro Calais (Republicanos) (Foto: Leonardo Costa)

 

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Providenciando CNPJ

O ato de filiação de Isauro Calais ao Republicanos foi marcado para acontecer em um hotel na Avenida Rio Branco, no sábado (2), com a presença de membros da Câmara e do Senado, apenas do partido. Alegando a intenção de “reconstruir a cidade”, o ex-vereador declarou à Tribuna que a partir daí se intensificaria a agenda de contato com “todos os partidos possíveis”, mas que já estão conversando com lideranças políticas, de bairros e com o segmento empresarial.

Declaradamente em “uma espécie de terceira via”, César Grazzia se lança como pré-candidato pelo PMB, com “qualquer tentativa de desistência do projeto já superada pela diretoria executiva”. O presidente municipal do partido trata como diferencial que “nenhum membro da Executiva poderá ser candidato, salvo se se afastar da mesma” e ressalta que, embora o PMB esteja registrado como “anotado” e “vigente” no TSE, ainda está providenciando o CNPJ, que estava inativo e, por isso, não acha razoável abrir a composição de chapa agora.

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Estamos conversando…

No fim de janeiro, a presidente do diretório nacional e o presidente do diretório estadual da Rede, Heloísa Helena e Paulo Lamac, foram recebidos em um evento pelo vereador Maurício Delgado. À Tribuna, ele enfatizou que o convite feito foi de uma possibilidade, deixando o caminho aberto. “A gente tem a autonomia de decidir um pouquinho mais à frente se tem viabilidade, se tem mais pessoas querendo conversar sobre Juiz de Fora, até mesmo o partido que compõe a federação”, explicou.

A federação em questão é com o Psol. Precisando os dois partidos atuar como um único ente, a presidência do outro lado envolvido afirma que tem extremo cuidado na escolha das candidaturas e na política de alianças e que, nesse sentido, o diretório está em diálogo com os filiados e com a Rede, “para definir qual a melhor tática para este delicado momento e para estas eleições municipais, nas quais grandes disputas estão em curso, em especial com a extrema direita”.

Os presidentes de PSDB e o MDB, partidos citados anteriormente, declararam a mesma intenção principal: formar uma chapa de vereadores para retornar ao cenário municipal, mas sem deixar de conversar com outras siglas para compor uma chapa para a Prefeitura.

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O presidente do primeiro, Eduardo Schroder, informa que já sondaram a possibilidade de mandar uma chapa “pura”, mas acham pouco improvável no momento. “O ideal seria fazer alguma composição – e existem várias possibilidades, já conversamos com vários candidatos e partidos – e o PSDB ser também protagonista em uma chapa majoritária.”

Já João César Novais concorda que a primeira pretensão do MDB é de lançar a candidatura ao Executivo, “como todos os partidos deveriam ter e têm, na verdade”. Com ainda nenhum nome oficialmente lançado ao posto, declarou o próprio partido como “de centro” e “muito aberto”. Tanto que não só conversas com Ione foram confirmadas, como também outros pré-candidatos mantêm contato, até mesmo há mais tempo e com convites para eventos oficiais. Mas, até então, nem mesmo uma preferência foi eleita.

Primeiras intenções

O Novo, através de sua liderança na Zona da Mata, declara intenção de “lançar candidatura própria e ser protagonista nas eleições, tanto para prefeito como para vereadores”, mas ainda sem detalhar nomes ou andamentos. O presidente do Solidariedade, Alexandre Reis Silva, afirmou que o partido “prioriza o alinhamento da montagem da chapa de vereadores no momento”. O mesmo foco foi declarado por Vítor Passos, presidente do PDT, que acrescenta: “Quanto ao pleito majoritário, no momento oportuno, iniciaremos os diálogos”. PSTU, PSD e PCB ainda estão em discussões internas, sem nada definido.

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Outros casos

A coluna Painel, do editor Paulo Cesar Magella, apontou Júlio Delgado como outro pré-candidato, que disse: “Minha pré-candidatura será pelo União Brasil. Meu foguete não tem ré”. No entanto, o partido ainda não tem diretório municipal registrado no TSE. Sobre as movimentações, o vereador Antônio Aguiar (União) declarou que não poderia responder pelo partido, exatamente por esta razão: “Na verdade, o partido ainda se encontra sobre a nossa guarda, mas eu dependo da manifestação junto ao Tribunal Regional Eleitoral com a configuração da executiva municipal, para que, aí sim, eu tenha o direito legal de me expressar”.

A presidência do PSB registrada no TSE respondeu informando que se desfiliou do partido. O deputado Noraldino Júnior (PSB), também apontado pelo Painel como possível novo dirigente da legenda, não deu retorno ao contato da reportagem.

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