Instalada no último domingo, a atual legislatura 2017/2020 vivenciou seu primeiro embate mais acalorado na noite desta quarta-feira (4). Em análise de pedido de moção de repúdio contra o governador Fernando Pimentel (PT) proposta pelo vereador estreante Charlles Evangelista (PP), por conta de suposta utilização irregular de aeronave oficial, diferentes pontos de vista foram apresentados. Após um debate que se alongou por aproximadamente uma hora, 15 parlamentares votaram contra a moção e apenas o Sargento Mello (PP) permaneceu ao lado de Charlles, manifestando-se favorável ao dispositivo. As justificativas para os posicionamentos contrários à moção foram distintos e apresentados por aqueles que classificaram a atitude de Pimentel como irregular e pelos legisladores que consideram a polêmica uma guerra política.
A bancada do PT na Casa acusou que o bloco de oposição de utilizar o caso para fomentar alinhamentos favoráveis à saída do governador do Palácio Tiradentes. O pedido chegou a ser taxado de hipócrita por Roberto Cupolillo (Betão, PT) por atender a tais interesses. Por outro lado, mesmo aqueles que desabonaram a utilização do helicóptero pelo petista – no último domingo Pimentel viajou até Capitólio, de onde retornou a Belo Horizonte com seu filho – consideram a proposição de Charlles precipitada, uma vez que o caso ainda está sendo esclarecido.
Neste sentido, vários vereadores orientaram que Charlles apresente uma representação ao Ministério Público, para que o órgão apure o caso com afinco a fim de comprovar se Pimentel cometeu ou não alguma irregularidade. Ao final, Charlles ressaltou que considerou importante o fato de que boa parte dos vereadores se mostraram contrários ao ato do governador, mesmo que não tenham se posicionado favoráveis à moção de repúdio.