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PJF ouve setores econômicos buscando o fomento do desenvolvimento econômico

juiz De fora
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A Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), por meio das secretarias da Fazenda (SF) e de Desenvolvimento Sustentável e Inclusivo, da Inovação e Competitividade (Sedic), ouviu representantes do setor de saúde que atuam na cidade para mais uma etapa das discussões que envolvem a construção participativa do Plano de Desenvolvimento Sustentável e Inclusivo de Juiz de Fora (PDSI). No encontro, foram ressaltadas a capacidade e a força do segmento tanto do ponto de vista da estrutura física da rede como também da tradição da cidade na formação técnica de profissionais e também na produção de pesquisa e conhecimento.

Este é o sétimo encontro realizado com segmentos econômicos da cidade. Outras três discussões devem ocorrer até a próxima semana. Ao final dos colóquios, a Prefeitura de Juiz de Fora deve fazer um compilado das discussões, que poderá nortear futuras políticas públicas de fomento ao desenvolvimento sustentável da economia local.

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Os encontros com os diversos segmentos da economia de Juiz de Fora tiveram início no dia 13 de julho. Na ocasião, representantes da Prefeitura se reuniram com integrantes da construção civil da cidade. Na sequência, foram realizados cinco debates com focos específicos, como as redes de cultura, esporte e lazer; da moda; do turismo; de alimentos; e de energia. Nesta quinta, ocorrerão conversas com a rede da economia criativa, quando devem ser ouvidos, entre outros, produtores de conteúdo, designers, comunicadores, aceleradoras e instituições de pesquisa em inovação.

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A agenda segue na próxima semana, quando, no dia 10, o tema será a economia solidária. Dois dias depois, em 12 de agosto, o último encontro agendado será com o setor da tecnologia da informação.

Plano visa a melhoria do ambiente de negócios na cidade

O desenvolvimento do planejamento visa a atacar em cinco premissas básicas. Entre elas, a criação de um ambiente mais propício ao desenvolvimento de novos negócios e também mais agradável aos empreendedores. Neste sentido, o secretário municipal de Desenvolvimento Sustentável e Inclusivo, da Inovação e Competitividade, Ignácio Delgado, afirma que a Prefeitura já conseguiu avançar no caminho para destravar trâmites para alguns setores e novos negócios, citando a criação da “Sala do Empreendedor” e a publicação de decretos dentro de um programa municipal de simplificação e redução da burocracia.

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“Estamos ouvindo os diversos setores e já desenhando possíveis projetos. Alguns, talvez, possamos anunciar brevemente. Outros são mais complexos”, avalia Ignácio. Segundo o secretário municipal, um dos focos a serem atacados é o fomento ao desenvolvimento de projetos econômicos com foco em novas tecnologias. “Além dos setores tradicionais, temos que fazer nascer e atrair investimentos em áreas intensivas em tecnologia. Entre outros, estes projetos também poderão se valer da rede de ensino e saúde já instalada na cidade.”

Entre estas ações, estão iniciativas como o “Desenrola, Juiz de Fora”, que atingirá microempreendedores individuais (MEI), micro e pequenas empresas e empresas de médio e grande portes, em suas fases de implantação; o chamado “Decreto de Simplificação”, que dispensa a obrigatoriedade de emissão de alvarás de localização e de funcionamento a mais de 270 atividades de baixo risco; e o ingresso do Município na “Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios” (Redesim), implementada, no estado, pela Junta Comercial do Estado de Minas Gerais (Jucemg). Também foi criada a Câmara Integrada de Análise e Aprovação de Novos Empreendimentos.

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O Plano de Desenvolvimento Sustentável em formatação pela PJF ainda trabalha para definir missões e estratégias que permitam mapear e implementar na cidade as atividades econômicas consideradas de vanguarda, ao mesmo tempo em que traça objetivos para a reinserção competitiva de setores tradicionais na cidade, como o têxtil-confeccionista e o de alimentos no atual modelo econômico. Por fim, ainda é buscado o fortalecimento da economia solidária e da economia criativa; e a criação de um Plano Geral de Incentivos, que estimule toda a economia local e regional, fixando metas e contrapartidas.

Para apontar os caminhos a serem seguidos, Ignácio lembra que, em um passado já distante, “Juiz de Fora e a Zona da Mata já foram a região mais importante da economia mineira”, no auge do cultivo do café. “O perfil da economia da região estava muito associado ao café. Com o declínio do café, vem a redução da participação da economia regional na economia do estado como um todo. Hoje estamos entre as regiões mais empobrecidas de Minas”, pontua.

Novo foco
Após o breve histórico, Ignácio lembra que, em um passado mais recente, a cidade buscou reavivar a economia local apostando, com certa recorrência, em esforços pela atração de grandes empresas, estratégia retida década após década, tendo como exemplo a instalação da antiga companhia siderúrgica Mendes Júnior – hoje ArcelorMittal – ainda na década de 1970, cuja operação teve início em 1984. “Sempre se pensou em manter a vocação industrial atraindo grandes empresas. Em si, isso não tem problemas. Mas faltava nessa estratégia uma maior conexão com as vocações locais. O efeito de encadeamento se mostrou muito baixo”, considerou Ignácio.

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A despeito disso, o secretário de Desenvolvimento da PJF destaca que, como rastro deste histórico, a cidade desenvolveu “uma rede de educação e de saúde de muita relevância e qualidade, que atende a toda a região, à população do estado do Rio de Janeiro e, em alguns casos, a pessoas do Brasil inteiro”. Segundo Ignácio, tal cenário resultou, por exemplo, em uma produção de mão de obra qualificada na cidade. “Esse é um ativo que nunca foi cogitado como um ativo econômico. Queremos colocar isso no foco de nosso projeto de desenvolvimento”, afirma.

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