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Deputada com domicílio em JF defende operação no Guarujá: “Mereceram morrer”

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Em pronunciamento na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (1°), Ione Barbosa (Avante), afirmou que os mortos pela Polícia Militar de São Paulo no Guarujá, foram de “pessoas que mereceram”. No momento da fala, a deputada menciona que foram dez pessoas. Já na manhã desta quarta-feira (2), a Agência Brasil confirmou que a operação já deixou 16 mortos até o momento.

A fala da deputada aconteceu durante reunião da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado. A ação policial que resultou nas mortes foi desencadeada após o óbito do soldado da Rota Patrick Bastos Reis, no último dia 27. Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), ele foi baleado quando fazia patrulhamento em uma comunidade na Baixada Santista.

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Conforme a Agência Brasil, após o assassinato do policial, o estado deu início à Operação Escudo. O governador do estado, Tarcísio de Freitas, avaliou, desde a divulgação dos primeiros óbitos, que não houve excesso da força policial na operação.

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O suspeito de matar o policial já foi preso, assim como o irmão do suspeito. Mesmo assim, a SSP, segundo informações da Agência Brasil, disse que a operação vai continuar “para sufocar o tráfico de drogas e desarticular o crime organizado”.

A deputada Ione Barbosa, por sua vez, afirmou ainda durante o pronunciamento que “a polícia não mata à toa” e, quando o faz, “é por uma necessidade”. Apesar das circunstâncias sugeridas para a investigação – a morte de pessoas no caso -, a legislação brasileira não prevê tal prática.

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Deputada Ione Barbosa durante pronunciamento (Foto: Divulgação/Câmara dos Deputados)

Ainda de acordo com informações da Agência Brasil, a Ouvidora da Polícia do estado de São Paulo afirma ter recebido relatos de uma atuação violenta em Guarujá por parte das forças de segurança e de ameaças constantes à população das comunidades da cidade, que reclamam de abusos.

Confira trecho do comentário feito pela deputada Ione Barbosa:

“Eu venho ouvindo, realmente, muitas falas, deputado, completamente equivocadas, dizendo que dez foram mortos por causa de um policial. Com certeza essas dez mortes são de pessoas que, desculpe aqui, mas que mereceram, porque a polícia com certeza não mata à toa. A polícia mata por uma necessidade: para salvar o cidadão de bem ou para salvar sua própria vida. Então se é necessário matar dez pessoas para chegar até uma pessoa que matou um policial: que seja! Então nós estamos vivendo uma inversão de valores muito grande”.

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