Após 15 dias na Reitoria, os estudantes da UFJF tiveram um encontro que pode ser decisivo para a desocupação do espaço. Em reunião com o reitor da UFJF, Júlio Chebli, o vice-reitor, Marcos Chein, e a pró-reitora de Apoio Estudantil, Joana Machado, na noite desta terça-feira (2), os manifestantes apresentaram um documento com sete propostas como condição final para resolução do impasse. Os pontos exigidos foram deliberados em assembleia realizada na segunda-feira e receberam sinalização positiva por parte da UFJF esta noite. Na sequência, os alunos se reuniram em assembleia para decidir os rumos do movimento, mas ainda não há informações sobre o que foi votado.
[Relaciondas_post] A primeira e principal garantia defendida pelos discentes é que todos aqueles que tenham perfil socioeconômico para receber o apoio estudantil sejam efetivamente contemplados, “independente do orçamento” da universidade. Júlio Chebli disse que, com o recurso atual, não há como garantir a cobertura integral. Porém prometeu empenhar esforços para complementar a verba de R$ 18 milhões, sendo R$ 13 milhões repassados pelo Governo e R$ 5 milhões advindos de verbas próprias.
O cenário apresentado por Chebli foi traçado após uma reunião com o secretário de Educação Superior do MEC, Luiz Cláudio Costa, realizada em Brasília, na segunda. Conforme a pró-reitora Joana Machado, a UFJF está muito próxima de atender a todos os alunos inscritos nos programas e vai “brigar em cada esfera para chegar a esse número”.
Os estudantes também defendem que o prazo máximo de conclusão do próximo edital do apoio estudantil não ultrapasse os 25 dias após o pregão, devendo acontecer de forma imediata. Joana Machado disse que a comissão que trabalha no processo prevê prazo de 22 dias para conclusão do documento, logo, dentro do tempo estipulado pelos estudantes.
Os manifestantes querem ainda que os estudantes participem da elaboração dos editais de apoio estudantil e que os benefícios possam ser requeridos a qualquer época do ano, incluindo os alunos dos grupos A e B. Sobre este ponto, a pró-reitora garantiu que a participação dos alunos está prevista na própria resolução do apoio estudantil.
O quarto ponto apresentado pelos discentes é que a UFJF busque o aumento de verba para os benefícios, de forma a atender a todos os estudantes com perfil socioeconômico compatível. Ainda foi pedido que a universidade se comprometa a ampliar o quadro de assistentes sociais e reestruture a Pró-reitoria de Apoio Estudantil (Proae). Em relação a esse ponto, Joana Machado disse que as melhorias já começaram, com a redistribuição de assistentes sociais concursados e melhorias físicas.
Outra demanda, o pagamento emergencial das bolsas até a divulgação do resultado do edital complementar, já foi atendida no mês passado. Os estudantes receberam o valor de R$ 400. O novo pagamento, conforme o reitor Júlio Chebli, deve acontecer na próxima semana.
Por fim, os estudantes solicitaram que os alunos apoiados pelas bolsas nas modalidades Permanência (destinada apenas aos graduandos de medicina e enfermagem) e Pnaes (que beneficia os graduandos de todos os cursos presenciais da UFJF, exceto os de medicina e enfermagem) tenham acesso livre ao Restaurante Universitário (RU). Conforme o reitor, a demanda será atendida para o edital complementar que está sendo elaborado. Porém, para os próximos editais, a questão será debatida por meio de uma comissão formada por estudantes e integrantes da Proae.