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Servidor do Judiciário mantém greve

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Em greve há mais de 20 dias em Juiz de Fora, os servidores do Judiciário Federal aguardam a sanção do projeto de lei da Câmara (PLC) 28/2015 para retornarem às atividades. O documento trata da criação de um plano de carreira para a categoria e da reposição salarial de acordo com as perdas inflacionárias dos últimos nove anos. O projeto foi aprovado por unanimidade pelo Senado na última terça-feira e seguiu para avaliação da presidente Dilma Rousselff. Uma petição pública para o recolhimento de assinaturas por meio da internet em prol da aprovação do texto foi criada pelos trabalhadores mineiros. Nesta quinta-feira (2), a categoria juiz-forana se reúne em mais uma assembleia para discutir o movimento.

A estimativa do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal no Estado de Minas Gerais (Sitraemg) é que, pelo menos, 80% dos quase 500 servidores que atuam na cidade estejam paralisados. A Justiça do Trabalho está sem funcionamento, enquanto a Justiça Eleitoral, a Justiça Militar e a Justiça Federal atuam parcialmente. “A greve é nacional e já atingiu todos os estados. Estamos lutando para conseguir a reposição inflacionária desde 2006, já que os salários estão congelados desde aquele ano”, explica o diretor executivo do sindicato Nilson Jorge de Moraes.

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Segundo ele, em nove anos, o Governo nunca apresentou uma proposta de reajuste. “Só depois da greve, no dia 29, que recebemos a proposta de aumento de 21,3% parcelados em três anos. A categoria não aceitou, pois sabemos que as perdas são muito maiores.” Nilson diz que a aprovação do PLC 28/15 pelo Senado foi motivo de otimismo para a categoria. “Agora esperamos que o Executivo coloque a mão na consciência e aprove o texto.” O projeto prevê reajustes que variam de 53% a 78,56% e serão implantados a partir deste mês até dezembro de 2017 em parcelas iguais.

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