O impasse no qual se encontra as negociações salariais mantidas por Prefeitura e os sindicatos que representam as variadas carreiras do funcionalismo municipal levou à união das categorias em torno do Fórum Unificado das Entidades Sindicais dos Servidores Públicos Municipais de Juiz de Fora. Na semana passada, após a realização de assembleias especificas a cada segmento, o colegiado definiu uma paralisação geral agendada para hoje, mobilização que pode afetar diversos segmentos e serviços oferecidos pelo Poder Executivo. Entre as representações que aderiram ao ato estão os sindicatos de professores (Sinpro), engenheiros (Senge), trabalhadores no serviço de água (Sinágua), odontologistas e arquitetos; além do Sindicato dos Servidores Públicos de Juiz de Fora (Sinserpu), que representa profissionais de diversos segmentos.
Entre os sindicatos que integram o fórum, o único que não aderiu oficialmente à paralisação geral convocada para hoje foi o Sindicato dos Médicos (Sindimédicos). Contudo, de acordo com Gilson Salomão, presidente da entidade, os profissionais da categoria que desejarem estão liberados a engrossar a mobilização de forma voluntária. Já o presidente do Sinserpu, Amarildo Romanazzi, mostrou confiança em uma boa adesão dos servidores municipais ao ato convocado pelo fórum. Contudo, ressaltou que nos casos em que a lei exige um presença mínima de profissionais, como nas situações dos servidores que atuam no atendimento de urgência e emergência, os percentuais mínimos serão respeitados. Além de cruzar os braços, o funcionalismo municipal irá realizar uma assembleia coletiva hoje, às 8h, na Praça da Estação.
Questões pertinentes às negociações salariais voltaram a ser tema de debate na Câmara no fim da tarde de ontem. Em tribuna livre, os microfones do plenário foram cedidos as lideranças sindicais por 20 minutos. Representantes do Senge, Sinágua, Sinserpu e Sinpro se revezaram nas falas e voltaram a condenar a interpretação de legislações eleitorais defendida pela Associação Mineira dos Municípios (AMM) – que vem sendo analisada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a pedido da Prefeitura – de que, desde o início de abril, os municípios só podem conceder reajustes nos vencimentos com base na inflação acumulada entre janeiro deste ano e a data da efetiva concessão da correção.
Diante dos vereadores, os sindicalistas voltaram a rechaçar o entendimento e apontaram situações de outros municípios e outros anos eleitorais em que a leituras do arcabouço jurídico e vedações em anos eleitorais foram distintas, garantindo aos servidores recomposição de perdas salariais com base nos últimos 12 meses que antecedem as datas-base de cada categoria.