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Vacinação contra febre aftosa é paralisada em Minas Gerais

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O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou, no início do mês, a portaria 574, que determina a proibição do armazenamento, comercialização e aplicação das vacinas contra a febre aftosa em Minas Gerais. A medida é uma continuidade das ações do Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PE-PNEFA), que começou em 2017 e vai até 2026. Além de Minas, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins, que compõem o Bloco IV do plano, também atendem à restrição.

De acordo com o Mapa, a decisão tem como objetivo consolidar Minas Gerais como uma área para criação de gado livre de febre aftosa, sem que a vacina precise ser utilizada para garantir que os animais não contraiam a doença. Luciano Puga, assessor técnico regional do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) em Juiz de Fora, ratifica a determinação do Ministério. “Isso é necessário porque os países que importam produtos do Brasil, como carne e leite, exigem que seja feito um trabalho de defesa sanitária mais abrangente. A vacina a médio e longo prazo pode mascarar casos de febre aftosa com menor intensidade. Portanto, a paralisação da venda e da aplicação do imunizante no rebanho mostra que o serviço de defesa agropecuária está sendo bem realizado”, explica Puga.

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O IMA publicou, em 21 de abril, a Portaria nº 2.223, que estabelece os critérios de credenciamento de estabelecimentos comerciais e laboratórios para armazenamento e comercialização de vacinas contra febre aftosa em Minas Gerais. A partir do dia 1º de maio, a comercialização e a vacinação no estado somente poderão ser realizados por estabelecimentos credenciados pelo IMA.

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Existem, na Zona da Mata Mineira, 1 milhão e cem mil cabeças de gado, e o índice de vacinação do rebanho na região gira em torno de 98% dos animais. O último caso registrado de febre aftosa no estado foi em maio de 1996, no Triângulo Mineiro. Os benefícios da retirada da vacinação, segundo o IMA, já são percebidos pelos elos da cadeia produtiva. As estimativas da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais apontam uma economia de aproximadamente R$ 700 milhões por ano para a pecuária de Minas.

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