Ícone do site Tribuna de Minas

Em negociação com a Rússia, Minas pede autorização da Anvisa para importar Sputnik V

vacina sputnik
PUBLICIDADE

O Governo de Minas Gerais informou, nesta sexta-feira (25), que solicitou autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para importar a vacina russa Sputnik V. Segundo o comunicado, o Executivo estadual está “em negociação comercial avançada” com o Fundo Soberano Russo, responsável pela comercialização do imunizante. A intenção da Administração estadual é adquirir, inicialmente, 200 mil doses.

Em comunicado, o Governo afirma levar em consideração “diversos pontos, como o prazo estabelecido para entrega”. O quantitativo que será comprado inicialmente, caso haja liberação da Anvisa, corresponde a 1% da população de Minas Gerais, que é o percentual máximo permitido pela agência reguladora. “Mas a negociação do Governo de Minas com o Fundo Soberano Russo segue avançada para a compra de mais doses”, afirma o Estado.

PUBLICIDADE

Os detalhes da aquisição das vacinas foram ajustados em reunião nesta sexta entre o governador Romeu Zema (Novo) e os secretários de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti; de Planejamento e Gestão, Luisa Barreto; Geral, Mateus Simões; e o advogado-geral do Estado, Sérgio Pessoa. “Encaminhamos à Anvisa o pedido de autorização para a importação extraordinária da vacina russa, a Sputnik. Caso esta autorização seja emitida, o Governo de Minas já está negociando com o Fundo Soberano Russo, em estágio avançado, a aquisição de doses que vão possibilitar a imunização muito mais rápida de toda a população do estado”, afirmou Zema, segundo o comunicado.

PUBLICIDADE

A vacina Sputnik

A Sputnik V foi desenvolvida pelo Instituto Gamaleja de Epidemiologia e Microbiologia de Moscou. Ela é uma vacina vetorial, tecnologia também utilizada no desenvolvimento das vacinas Janssen e AstraZeneca. A tecnologia se utiliza do vírus inativo para produzir os anticorpos.

PUBLICIDADE

De acordo com estudo publicado no periódico científico The Lancet, testes realizados com 18 mil pessoas apontaram eficácia de 91,6%, sendo que nenhum vacinado apresentou efeitos colaterais graves. Outro estudo publicado em abril ainda atestou a eficácia do imunizante contra a variante britânica do vírus e a mutação sul-africana. Posteriormente, estudos do laboratório desenvolvedor da vacina também garantiram que ela é eficaz contra as variantes brasileira e indiana.

Em junho, o imunizante foi aprovado pela Anvisa de maneira excepcional, com uma série de restrições. A decisão contemplou apenas lotes específicos da vacina e não chega a configurar autorização de uso emergencial pela agência. A Agência acatou, desse modo, pedido dos governos de Bahia, Maranhão, Sergipe, Ceará, Pernambuco e Piauí.

PUBLICIDADE
Sair da versão mobile