Frente à onda de ameaças de ataques violentos dentro de escolas em Minas Gerais que circularam por redes sociais no início deste mês, o Grupo de Atuação Especial de Combate aos Crimes Cibernéticos (Gaeciber) do Ministério Público buscou identificar potenciais riscos em cidades do estado. Entre 9 a 20 de abril, a investigação apontou a existência de 98 contas e grupos em redes sociais que continham menções diretas ou indiretas a ataques em escolas. Além disso, 11 adolescentes que teriam realizado postagens ameaçadoras ou instigadoras de violência em redes como Instagram, TikTok e Twitter foram identificados.
Conforme o promotor de Justiça Mauro da Fonseca Ellovitch, coordenador do grupo, foram instaurados procedimentos conjuntos em relação a oito casos em que havia ameaça consistente. “Em 62% dos casos, essa identificação ocorreu em menos de 24h (após a postagem) e o restante, em menos de 48h. Em todos os casos, foi acionado o protocolo de segurança para proteção às escolas em foco, para oitiva dos adolescentes e para colheita de provas no local dos fatos”, explicou, por meio de nota oficial do órgão.
O Gaeciber atuou de forma a localizar possíveis suspeitos e evitar a concretização da violência por meio das chamadas diligências cibernéticas. O promotor e coordenador acrescentou que a união entre Ministério Público, a Polícia Militar, a Polícia Civil, a Secretaria de Educação e os órgãos de apoio à criança e ao adolescente foi fundamental para evitar casos de violência.