Um homem foi condenado a 34 anos e 23 dias de reclusão, em regime fechado, pela prática dos crimes de filmagem, divulgação de imagens íntimas, publicação e armazenamento de cenas de sexo explícito ou pornografia envolvendo criança ou adolescente, além de estupro de vulnerável. A sentença foi proferida pela 2ª Vara Criminal de Itabira, na região central do estado de Minas Gerais, nesta quinta-feira (21).
Segundo a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), os crimes ocorreram entre 2014 e 2016, no município de Itabira. De acordo com as investigações, a vítima, que na época tinha 12 anos, iniciou uma amizade com o acusado em 2012, mantendo contato através do WhatsApp.
Em meados de 2014, o acusado passou a coagir a vítima, exigindo que ela lhe enviasse fotos íntimas como prova de amizade. Sob ameaça de divulgar as fotos já obtidas para amigos e familiares, o réu obrigou a vítima a enviar repetidamente imagens íntimas. Conforme o documento do MPMG, no final de 2015, o acusado atraiu a vítima para sua residência e a estuprou.
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Em maio de 2016, o réu convidou a vítima para sua casa sob o pretexto de apagar as fotografias íntimas que estavam armazenadas em seu computador. Ao chegar lá, a vítima se deparou com diversas imagens suas e de outras adolescentes. Segundo o registro, o homem condicionou a exclusão das fotos à prática de ato sexual.
Em agosto de 2016, o acusado divulgou prints de um vídeo em que a vítima mantinha relações sexuais com ele por meio do WhatsApp. As imagens foram visualizadas por amigas da adolescente, que prontamente a alertaram sobre o conteúdo. A vítima então procurou sua mãe, que registrou um boletim de ocorrência.
Durante as investigações, uma testemunha também relatou ter sido vítima do homem, revelando um padrão de comportamento em que ele abordava adolescentes, aproveitando-se de sua idade e inexperiência, e posteriormente as ameaçava com a divulgação de imagens íntimas.