Nos últimos 14 dias, Minas Gerais teve queda de 11% na taxa de incidência do coronavírus. O número foi revelado pelo Comitê Extraordinário Covid-19 estadual nesta quinta-feira (22), durante reunião para atualizar o enfrentamento à pandemia no estado. Como resultado da melhora nos indicadores, 12 das 15 macrorregiões mineiras permaneceram nas ondas amarela e verde do Minas Consciente, programa de retomada econômica do estado, enquanto apenas três áreas se mantiveram estacionadas na onda vermelha, a segunda mais restritiva do programa.
Segundo os dados do comitê, Minas teve queda no número de óbitos e de novos casos da doença na última semana, assim como uma redução na pressão ao sistema hospitalar. Atualmente, 64 pessoas aguardam vaga em Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) no estado, número que estava em 70 na semana anterior e chegou a ser quatro vezes maior no início de junho. A ocupação dos leitos de UTI exclusivos para tratamento de Covid-19 está em 58%, com queda de 26% nas solicitações de internações.
Desse modo, as macrorregiões Vale do Aço e Sudeste, que inclui Juiz de Fora, permanecem na onda verde do Minas Consciente, a mais permissiva. Na onda amarela, a segunda menos restritiva, estão as macrorregiões Centro, Centro-Sul, Jequitinhonha, Leste, Noroeste, Norte, Oeste, Sudeste, Sul e Triângulo do Norte. Já as regiões Leste do Sul, Nordeste e Triângulo do Sul são as únicas estacionadas na onda vermelha.
O Minas Consciente tem adesão opcional por parte dos municípios mineiros. A Prefeitura de Juiz de Fora, por exemplo, optou por adotar um programa próprio de enfrentamento à pandemia, criando as próprias medidas restritivas.
Cirurgias eletivas
O Comitê Extraordinário ainda discutiu novas regras para a realização de cirurgias eletivas em hospitais privados e públicos de Juiz de Fora. Pela mudança, unidades particulares de saúde podem retomar as cirurgias eletivas, de modo a reduzir “o passivo existente e a espera dos pacientes”, de acordo com o comunicado. No Sistema Único de Saúde, a retomada vai ocorrer apenas “no momento em que se comprovar estoque de pelo menos 30 dias do chamado kit intubação”.
Em macrorregiões com “cenário desfavorável” no combate à pandemia, as cirurgias eletivas seguem proibidas. A suspensão dos procedimentos eletivos ocorreu por conta da alta pressão por leitos de UTI, aliados ao baixo estoque de kit entubação. Com a tendência de melhora no aspecto sanitário, o cenário permite a retomada dos procedimentos.