Um líder espiritual foi condenado a 49 anos, 10 meses e 20 dias de reclusão, em regime fechado, por diversos crimes contra a dignidade sexual de mulheres, adolescentes e de uma criança. De acordo com provas utilizadas pela 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Frutal durante o processo, o homem alegava incorporação de entidades em rituais a fim de constranger mulheres e se aproveitava da posição de liderança para impor práticas sexuais às vítimas.
A conclusão judicial do caso levou a sentença de 3 anos de reclusão, em regime aberto, ao filho do líder espiritual. Isto porque foi constatado que ele teria perseguido e ameaçado testemunhas do processo ao qual o pai se tornou réu. As vítimas já tinham relatado o temor por retaliações, uma vez que o líder exercia forte influência na comunidade religiosa.
As vítimas contaram, ainda, que era induzidas a beber bebidas alcoólicas e sofriam violência psicológica por parte do líder do terreiro. A fase de investigação do caso contou com delegados, escrivães, equipes multidisciplinares e o Ministério Público. Juntos eles coletaram provas, realizaram oitivas e perícias.
Com o material, eles conseguiram que o homem fosse condenado por estupro de vulnerável, estupro, violação sexual mediante fraude e outros delitos contra a dignidade sexual. O que, na visão da promotoria, revela uma atuação decisiva no Ministério Público, responsável pela estruturação da denúncia e proteção às vítimas.