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Mulheres matam criança a facadas e são condenadas a 30 anos de reclusão cada

Mulheres matam criança a facadas e são condenadas a 30 anos de reclusão cada

Foto: Pixabay

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Duas mulheres, mãe e filha, foram condenadas nesta quinta-feira (19) por matarem uma criança de nove anos, vizinha delas. O caso aconteceu em 24 de janeiro de 2024, em Aimorés – município, da região do Vale do Rio Doce, distante cerca de 450 quilômetros de Juiz de Fora. A sentença foi promovida pelo Tribunal do Júri da cidade a pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).

Segundo o MPMG, a Polícia Militar compareceu à residência das autoras no dia do acontecimento, após ter sido acionada pelo próprio companheiro de uma delas – que informou que ela, por telefone, teria lhe confessado o homicídio. No local, a equipe não localizou as rés, mas encontraram a criança morta, debaixo de um tapete, com múltiplas feridas espalhadas pelo corpo.

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As mulheres foram rastreadas e presas no mesmo dia, em outro bairro, quando tentavam fugir da cidade em um táxi. Por meio de imagens de câmeras de segurança, comprovou-se que uma delas agiu de forma premeditada. Inclusive, adquiriu, em uma mercearia, álcool e produtos de limpeza para utilizá-los no crime.

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No julgamento, foi determinada a imediata execução das penas impostas às acusadas, que já se encontravam presas preventivamente desde a data dos fatos. Elas foram condenadas a uma pena total de 30 anos de reclusão cada uma, em regime inicial fechado, bem como ao pagamento de uma indenização mínima de R$ 100 mil aos pais da vítima a título de danos morais.

O crime

Conforme informações divulgadas pelo MPMG, o motivo foi a forma como a vítima tratava o filho/neto das rés quando eles brincavam juntos. Apurou-se, ainda, que uma das autoras possuía histórico de agressividade, tendo sido conduzida pela polícia após agredir uma outra criança que brincava com seu neto, fato ocorrido numa escola na cidade de Baixo Guandu, no estado do Espírito Santo.

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O Conselho de Sentença também reconheceu que o crime foi cometido mediante traição, uma vez que a vítima foi atraída ao local dos fatos pelas acusadas, com a justificativa de que lhe dariam um presente. Além disso, foi apontado que, ao entrar no imóvel, a criança foi atacada pelas acusadas, que estavam em maior número e possuem compleição física superior. Elas usaram um travesseiro com álcool contra o seu rosto, dificultando e impedindo sua defesa. De acordo com o MPMG, foram 36 golpes de faca.

Após o homicídio, sabendo que os pais estavam procurando a criança, de forma dissimulada, uma das rés tentou tranquilizar a mãe da vítima, informando que a viu brincando atrás do posto de saúde do bairro onde moravam, quando, a essa altura, a criança já havia sido morta. Na sentença, foi reconhecida a barbaridade com que o crime foi praticado. O Ministério Público afirmou que o caso chocou a comunidade aimoreense, revoltando os munícipes a ponto de populares invadirem a casa das rés e depredá-la.

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