Entre os dias 18 de janeiro e 25 de maio, 16.867 pessoas vacinadas desenvolveram algum tipo de efeito colateral adverso após a imunização contra a Covid-19. O número foi revelado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) em publicação nesta quinta-feira (17), a qual também demonstrou que a probabilidade de um infectado morrer por conta da doença é dez vezes maior do que a chance de ocorrência de uma reação às vacinas. Dor de cabeça, febre, dor no local da vacinação e sinais de gripe são os eventos mais frequentes, segundo a SES-MG.
Até o marco temporal definido como data final da análise da pasta, 6.882.824 doses haviam sido aplicadas no estado. Ou seja, 0,24% delas despertaram alguma reação adversa, sendo que, dentro desse grupo, 92,5% das reações são consideradas leves. Por outro lado, estudos científicos estimam a letalidade da Covid-19 em 2,55%, percentual mais de dez vezes maior do que a proporção de efeitos colaterais notificados junto à SES-MG.
“Os benefícios das vacinas são bem superiores aos riscos que podem ocorrer, visto que os eventos adversos mais comuns são aqueles esperados, como dor local, febre e sintomas gripais”, afirma, na publicação, a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações da SES-MG, Josianne Dias Gusmão, que se utiliza do estudo para convocar a população com segunda dose da imunização atrasada a comparecer aos postos de vacinação.
A pasta estadual ainda informou que orienta as secretarias municipais de saúde a informarem às pessoas, no momento da vacinação, sobre os efeitos colaterais mais comuns. Em caso de ocorrência de algum sintoma, segundo a SES-MG, a orientação é que o vacinado informe a unidade de saúde que realizou a imunização para que o evento adverso seja investigado.
Segundo a coordenadora da pasta, os efeitos adversos acontecem principalmente após a aplicação da primeira dose dos imunizantes, começam até um dia após a imunização e perduram por até 48 horas. No entanto, lembra a SES-MG, todas as vacinas aplicadas no Brasil têm a segurança atestada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a partir de estudos clínicos, nos quais são medidas a segurança, eficiência e ocorrência de eventos adversos em determinados públicos.