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Caminhoneiro sofre acidente após prótese dentária se soltar e obstruir a garganta

homem fantasia branca

(Foto: Felipe Couri)

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O condutor de um caminhão, de 58 anos, perdeu o controle do veículo e colidiu com a margem direita do acostamento da BR-381, na altura do km 240, em Santana do Paraíso – região metropolitana do Vale do Aço, a leste da capital do estado. O motorista foi socorrido já desacordado e com obstrução das vias aéreas, causada pelo alojamento de uma prótese dentária na faringe. O caso aconteceu na manhã desta terça-feira (14).

O acidente foi testemunhado pela equipe da Polícia Militar Rodoviária (PMRv) que passava pelo local e prestou socorro. Eles teriam se deslocado até o veículo e encontrado o motorista de bruços, já inconsciente. Os militares utilizaram técnicas de APH tático – manobras de emergência – e perceberam que o homem estava com dificuldade para respirar.

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Em continuidade, eles iniciaram a manobra de Heimlich e compressões torácicas, momento que a prótese foi expelida e que ele restabeleceu a respiração. À polícia, o motorista informou que fazia o transporte de área de Ipatinga a Periquito, quando sofreu um mal súbito. Ele compartilhou, também, o alívio por não ter morrido. 

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Dentista reforça importância da manutenção da prótese

A Tribuna conversou com a cirurgiã-dentista Iandra Ferreira, especialista em prótese dentária. De acordo com a profissional, esse tipo de incidente pode acontecer, ainda que seja possível evitar. Conforme ela explica, há uma junção de fatores que explicam a ocorrência, como os reflexos, que com a idade ficam cada vez mais lentos – o que deixa a pessoa sem a consciência de retirar ou segurar o objeto na boca. Um caminho para prevenir esse tipo de “susto” é manter as próteses em boas condições, com trocas em até cinco anos, não realizar ajustes por conta própria e sempre contar com a avaliação de um dentista.

“Normalmente, nesses casos, a pessoa faz uso de prótese móvel total (com todos os dentes) ou parcial (com alguns dentes sendo da próteses e outros do paciente). Quanto menor a prótese, maior a chance desse tipo de caso ocorrer”, ela alerta. De acordo com a profissional, algo que acontece com regularidade é a falta de manutenção no período adequado. “Com isso, a prótese fica bamba. Nos casos de quem faz os ajustes em casa – por conta própria – isso pode acarretar na retirada das retenções que fazemos para deixar a prótese mais firme. Tem pacientes, por exemplo, que tiram os grampos do roach ou mudam eles de posição em casa usando alicates. Assim, fica frouxo e mais suscetível a riscos”, finaliza.

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Sobre o caso do motorista do caminhão, ela observa que não viu a situação de perto para fazer afirmações. Mas há hipóteses, como o motorista poder ter tentado ajustar com a própria língua e vir a deglutir ou passar mal.

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