Foi divulgado nesta quarta-feira (14) o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2023. Conforme o indicador, Minas Gerais alcançou 6,3 pontos nos anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º), 0,4 pontos abaixo da meta estabelecida para o estado no primeiro ciclo do Ideb (2007-2021). Nos anos finais (6º ao 9º) da etapa, o resultado de Minas foi de 4,9 pontos, enquanto o ensino médio registrou 4,2 pontos. Os números também ficaram abaixo da meta projetada, que era de 5,7 e 5,6, nessa ordem.
No âmbito nacional, o ldeb indica que o Brasil alcançou 6 pontos nos anos iniciais do ensino fundamental, atingindo a meta nacional estabelecida para o primeiro ciclo do indicador. Enquanto isso, nos anos finais do ensino fundamental, o país obteve 5 pontos, e o ensino médio registrou 4,3 pontos, ambos abaixo das metas do indicador para o país nessas etapas, de 5,5 e 5,2, respectivamente. Quando se comparam os resultados de proficiência padronizada do índice (matemática e leitura), entre 2021 e 2023, 96% dos estados (26 estados) melhoraram o desempenho nos anos iniciais; 59% (16) nos anos finais; e 65% (17) no ensino médio.
Apesar de alguns estados terem se destacado nas três etapas avaliadas, o Brasil só superou a meta nos anos iniciais do ensino fundamental. Para o ministro de Estado da Educação, Camilo Santana, o resultado do Ideb reforça a importância de o Ministério da Educação (MEC) seguir atuando junto aos estados e aos municípios para a superação das desigualdades educacionais. “Estamos cientes do tamanho do nosso desafio para garantir uma educação pública de qualidade para todos. Por isso, estamos investindo em programas transformadores como o Pé-de-Meia e o Escola em Tempo Integral”, defende.
O programa Pé-de-Meia é destinado a promover a permanência e a conclusão escolar de estudantes no ensino médio, com previsão de atender quase 4 milhões em 2024 com uma poupança de até R$ 9,2 mil ao longo de sua trajetória no ensino médio. Já o Escola em Tempo Integral tem o objetivo de garantir que os estudantes aprendam mais, conforme o MEC. Para isso, apoia a criação de 3,2 milhões de novas vagas em tempo integral com investimento de R$ 12 bilhões até 2026.
Como funciona o Ideb
O Governo federal explica que o Ideb é uma medida composta por resultados referentes à aprovação dos estudantes (fluxo escolar) e às médias de desempenho nas avaliações. É calculado a partir dos dados do Censo Escolar e do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Varia de 0 a 10, de modo que quanto melhor o desempenho dos alunos e mais alto o número de aprovados, maior é o Ideb.
O indicador foi criado em 2007, mesmo momento em que se estabeleceu o “Compromisso Todos pela Educação” (Decreto 6.094/2007), com metas a serem atingidas por cada estado brasileiro, o Distrito Federal, bem como resultados projetados para cada unidade escolar. O primeiro ciclo do Ideb se encerrou em 2021. Em janeiro de 2024, o Inep instituiu um Grupo Técnico (GT Novo Ideb), com o objetivo de elaborar um estudo técnico para subsidiar o MEC na atualização do índice e das novas metas.
*Estagiário sob supervisão da editora Fabíola Costa