O Governo de Minas anunciou, nesta quinta-feira (13), que vai dar continuidade ao modelo cívico-militar em Minas Gerais nas nove unidades escolares da rede estadual que atualmente fazem parte do Programa Nacional de Escolas Cívicos-Militares (Pecim), do Governo federal. As escolas funcionam em Belo Horizonte, Contagem, Ibirité, Itajubá, São João del Rei, Três Corações e Santos Dumont. No caso de Santos Dumont, único município da Zona da Mata da relação, a unidade ainda está em processo de implementação, na Escola Estadual Governador Bias Fortes.
Nesta quarta-feira, o Governo federal havia anunciado o encerramento do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim). Durante a semana, o Ministério da Educação (MEC) enviou um ofício aos secretários de Educação informando que o programa será finalizado e que deverá ser feita uma transição cuidadosa das atividades para não comprometer o cotidiano das escolas. Segundo o MEC, a medida será adotada de forma gradual e no intuito de garantir a normalidade das ações educativas no restante deste ano letivo de 2023.
Contudo, em Minas Gerais, a continuidade do modelo cívico-militar foi anunciada pelo governador Romeu Zema (Novo), e as nove unidades em que o programa foi ou está sendo implementado terão gestão compartilhada entre a Secretaria de Estado de Educação (SEE-MG) e Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG). “A tradição, a disciplina e o prestígio de uma das instituições mais respeitadas do mundo agora se unem ao trabalho de ensino dos mineiros. Aqui a educação é sempre prioridade”, afirmou o Zema, ao anunciar a decisão.
O Governo de Minas aderiu ao Pecim em 2020. Segundo dados do Estado, as escolas que aderiram ao modelo cívico-militar atendem cerca de seis mil estudantes. A SEE avalia como positivos os resultados obtidos até aqui, apontando que a taxa de aprovação nessas escolas aumentou desde que o programa foi implementado, ficando acima de 80%. De acordo com o Governo de Minas, a SEE e o Corpo de Bombeiros já iniciaram as tratativas para a efetivação da gestão compartilhada nas nove escolas cívico-militares da rede estadual mineira, a partir do ano letivo de 2024.
A ideia é que a parceria ocorra nos moldes do Pecim. O objetivo é de que as tarefas do Corpo de Monitores (do CBMMG) sejam complementares às do Corpo Docente da Secretaria de Estado de Educação nas escolas. Todos farão parte da mesma equipe, liderados pelo diretor escolar, buscando ações conjuntas que possam aprimorar as práticas educativas da escola na formação integral do aluno.