O principal alvo da Operação Opulência 2, que investiga uma organização criminosa ligada ao comércio de gás no Rio Grande do Sul, foi preso junto com sua esposa em um hotel fazenda em Bocaina de Minas, município localizado no Sul de Minas Gerais. A prisão aconteceu no último domingo (9) e contou com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Minas Gerais.
Desde o dia 28 de junho, quando a operação foi desencadeada pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), oito pessoas foram presas, sendo dois policiais militares responsáveis pela segurança da organização criminosa. As duas pessoas que foram presas neste domingo moravam no Rio de Janeiro e estavam foragidas desde a deflagração da operação. O homem é empresário e CEO de um escritório de publicidade que agencia diversos artistas, alguns com reconhecimento nacional, segundo o MPMG.
Segundo a investigação do Gaeco/MPRS e da Polícia Civil gaúcha, o homem também era gerente operacional da organização criminosa dedicada ao tráfico de drogas, que dominava o comércio de botijões de gás no Rio Grande. A organização estaria intimidando pequenos comerciantes, obrigando a comprarem gás da facção e a praticarem preços tabelados sob pena de terem seus veículos depredados e suas vidas ameaçadas. De acordo com o órgão, alguns empresários do ramo tiveram de abandonar seus comércios por medo.
O coordenador dos Gaecos do MPRS, André Dal Molin, afirmou que a prisão dos foragidos era prioridade do Gaeco. “Os alvos eram operadores financeiros da organização criminosa e, com a prisão, se chega ao êxito absoluto para desmantelar essa quadrilha que trazia tantos danos para a sociedade”, acrescentou o promotor de Justiça Rogério Meirelles Caldas, do Gaeco – Núcleo Região Sul.