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Bombeiros confirmam sete mortes após deslizamento de rocha em Capitólio

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Uma estrutura rochosa desabou sobre lanchas na região dos cânions da cidade de Capitólio, a 293 km de Belo Horizonte, no começo da tarde deste sábado. O Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Minas Gerais confirmou pelo menos 7 mortos e 32 feridos no desastre, e há ao menos três desaparecidos. As buscas devem prosseguir neste domingo e a Marinha do Brasil deve instaurar um inquérito para apurar as circunstâncias do acidente.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, houve um deslocamento de pedra, cuja causa precisa ser averiguada, atingindo diretamente quatro embarcações. Segundo o delegado Mateus Consansine, titular da 5.ª Delegacia de Polícia Civil Regional de Passos, as mortes ocorreram na barca diretamente atingida pelas pedras; e três ocupantes ainda estão desaparecidos. Ainda não há confirmação sobre desaparecidos nas demais embarcações. Barqueiros ouvidos pela reportagem informaram nunca ter ouvido falar em nenhuma situação parecida em que pedras caíram no local

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A corporação também analisava a relação da tragédia com uma tromba d’água. Desde ontem havia ocorrência de trombas d’água nas cachoeiras que deságuam no Lago de Furnas, e a Defesa Civil de Minas Gerais emitiu um alerta às 10h22 deste sábado para a população evitá-las durante as chuvas.

A região é chamada pelos operadores náuticos de “Mar de Minas” e, no local onde as lanchas atracam, os turistas podem tomar banho e se aproximar das cachoeiras no cânion. Segundo depoimentos de barqueiros, em dias normais costumam ficar em frente a cachoeira do cânion cerca de 30 a 40 embarcações. Ontem isso só não ocorreu pelo tempo instável. Anderson Gazotti, proprietário de uma empresa de passeios de lanchas na região, não saiu com suas embarcações, por exemplo. “É um local lindo e único, e cada vez mais procurado. Todas as empresas de passeio vão para lá.”

Duas das lanchas que estavam próximas ao desabamento eram de conhecidos de Gazotti. “Mas todos estão bem e sofreram só arranhões, o principal foi o susto.” O local é considerado o principal atrativo turístico da cidade e 100% dos turistas costumam comprar o passeio de lanchas ou escunas para visitação. “Foi um desastre mesmo. Se não tivesse chovendo outras vítimas poderiam ter sido atingidas. É muito triste mesmo”, disse.

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Dos 32 feridos, 23 foram atendidos e liberados diretamente na Santa Casa de Misericórdia de Capitólio. A unidade da Santa Casa de Passos confirmou ao Estadão ter recebido três vítimas. Já a Santa Casa de Piumhi atendeu mais duas com fraturas. Outros quatro feridos ainda foram levados para a Santa Casa de São José da Barra e já deixaram o hospital. Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais, os corpos das vítimas foram encaminhados ao posto de Medicina Legal do município de Passos. Eles estavam sem documentos e terão as impressões digitais coletadas para identificação. Dois dos mortos eram homens.

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